A equipe da gestora Rio Bravo Investimentos avalia que ainda há espaço para que os mercados emergentes se beneficiem da alta liquidez internacional antes que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) inicie a retirada dos estímulos monetários.
Em seu consenso macroeconômico de junho de 2021, a gestora ressaltou que a alta da inflação nos Estados Unidos ainda é considerada temporária, sendo pressionada por itens que devem sofrer um arrefecimento de preços com a normalização da economia. A ampliação do seguro desemprego até setembro também vem contribuindo para a manutenção do alto desemprego no país, mas espera-se que a situação se ajuste com o reequilíbrio dos benefícios.
Brasil
Sobre o cenário doméstico, a equipe da Rio Bravo projeta um crescimento do PIB de 5,4% em 2021, observando o resultado da economia brasileira no primeiro trimestre, que veio acima das expectativas, com crescimento de 1,2%, além do avanço da vacinação no País.
Por outro lado, a aceleração da inflação preocupa, e a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) aponta para uma alta mais acentuada da taxa Selic. A iminente crise hídrica, que pode ter impacto sobre as tarifas de energia elétrica e a delicada situação fiscal do governo federal agravam o risco de alta da inflação.
Em meio a esse cenário, a gestora projeta que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficará em 6,2% ao final do ano, enquanto a Selic deve chegar a 6,5%, se mantendo nesse patamar ao longo de 2022. Caso as pressões inflacionárias persistam, os juros podem subir ainda mais no próximo ano, diz o consenso.
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