A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou na quarta-feira (9) o início da pesquisa clínica da vacina Butanvac, contra a Covid-19. Antes de realizar a aplicação experimental do fármaco, o Instituto Butantan deve apresentar algumas informações complementares sobre os testes em andamento. Após a entrega dos dados, a entidade fica autorizada a administrar doses da vacina em voluntários das fases 1 e 2 da pesquisa clínica.
Segundo a Anvisa, 400 pessoas com mais de 18 anos devem participar da primeira etapa do estudo. Já nas demais, há expectativa que 6 mil voluntários recebam a vacina. A administração da Butanvac, que acontece em duas doses com intervalo de 28 dias, acontecerá no Hospital das Clínicas (FMUSP) e no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.
“Para a autorização do estudo clínico, a Anvisa e Butantan realizaram ao longo dos últimos dois meses uma intensa troca de informações e de reuniões com objetivo de que todos aspectos do estudo estivessem claros e com garantias de segurança aos voluntários”, afirma o comunicado oficial da agência.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que vinha cobrando publicamente celeridade na análise do pedido, agradeceu à Anvisa em publicação no Twitter e destacou que 7 milhões de doses da Butanvac já foram produzidas. “A Anvisa acaba de autorizar os testes clínicos com a ButanVac, a vacina do Butantan contra a Covid-19, que não depende de insumos de outros países para sua produção. O Instituto Butantan já tem 7 milhões de doses prontas da ButanVac. Grande notícia. Obrigado Anvisa!”, escreveu o governador.
Por Bruno de Castro
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