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Bolsas de NY fecham quase estáveis, com inflação e Fed no radar

Nesta quarta-feira, as bolsas de NY fecharam perto da estabilidade (Foto: Predrag Kezic/Pixabay)

As bolsas de Nova York fecharam perto da estabilidade, em sessão na qual o mercado observou as perspectivas para crescimento, inflação e medidas do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Acompanhando a alta recente no preço do petróleo, ações de energia tiveram algumas das altas mais relevantes do dia. Já os movimentos especulativos de investidores de varejo voltaram a receber atenções, com destaque para os papéis da AMC.

O índice Dow Jones avançou 0,07%, em 34.600,38 pontos, o S&P 500 subiu 0,14%, a 4.208,12 pontos, e o Nasdaq teve ganho também de 0,14%, a 13.756,33 pontos.

Após a publicação do Livro Bege do Fed, o mercado teve reação tímida. No documento, empresários relataram que aumentaram as pressões sobre os preços, apontaram impactos nas cadeias produtivas e disseram que a economia se expandiu “moderadamente”. “Investidores permanecem otimistas de que uma recuperação mais lenta do mercado de trabalho e uma inflação transitória permitirão” ao Fed continuar a impulsionar a economia, avalia Edward Moya, analista da Oanda. “Serão necessários relatórios de inflação muito mais altos do que o esperado para mudar a opinião” de que o aumento será temporário, acredita ele.

Com ações ligadas à retomada, o setor de energia teve algumas das principais altas, em dia que contou com ganhos no barril de petróleo, ainda repercutindo decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+). Chevron (+1,37%), ExxonMobil (+0,83%), Ocidental Petroleum (+2,63%) avançaram.

Por outro lado, as ações de tecnologia tiveram desempenhos negativos consideráveis, que pressionaram o Nasdaq. O destaque foi para a Tesla, que caiu 3,01%, depois que o Wall Street Journal publicou uma reportagem afirmando que o CEO da empresa, Elon Musk, não cumpriu com as obrigações que tinha para comunicar suas postagens no Twitter. Microsoft (-0,04%) e Alphabet (-0,44%), que controla a Google, foram outras quedas relevantes.

A ação da AMC disparou 95,59%, em decorrência de movimentos especulativos. Por conta da volatilidade, os papéis da empresa chegaram a ter suas negociações interrompidas por alguns minutos. O dia 2 de junho foi marcado por investidores no varejo organizados em fóruns para a realizar a chamada “Mãe de Todos os Squeezes”, tendo como alvo principal a AMC. GameStop (+13,35%) e BlackBerry (+32,09%) subiram, também alvos de especulação.

Por Matheus Andrade

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