A Serasa anunciou, nesta quarta-feira, 26, o lançamento do Score 2.0, atualização do serviço de rankeamento de risco de crédito para brasileiros. Com a nova avaliação, os pagamentos de créditos atuais, informados pelo Cadastro Positivo, passam a ser mais relevantes para a pontuação do que o histórico de dívidas, como era anteriormente.
“As pendências do passado passam a ter menos peso, porque passamos a levar mais em consideração os hábitos positivos recentes, como contas pagas em dia. No modelo atual, quem quita tudo em dia faz muito mais diferença”, explicou o diretor de produtos da Serasa, Lucas Lopes, durante a coletiva promovida nesta quarta-feira para anunciar as mudanças.
A partir dessa atualização, o peso do pagamento de crédito para a formação da nota saltou de 13,9%, no modelo anterior, para 43,6%. No Serasa Score 2.0, o tempo de uso de crédito passou a compor 10,1% da pontuação, ante 8,4% anteriormente. Já a importância do credito contratado, subiu de 3,6% para 7,9%.
O Score 2.0 inclui ainda os dados do SPC Brasil, otimizando a análise para concessão de crédito, aponta Lopes. “Esse modelo recente é muito mais significativo porque temos mais informações. Isso impacta significativamente nas notas”, comenta.
O diretor de contas considera que os efeitos da mudança serão majoritariamente positivos para as pontuações. Segundo o executivo, diante dos novos pesos e mais informações, muito mais pessoas se beneficiaram, ou seja, registraram um aumento no score, do que uma queda.
A estimativa da Serasa é que o Score 2.0 esteja disponível para todos os usuários no máximo em duas semanas, diante do aperfeiçoamento de fatores técnicos. Como já funciona atualmente, o pagamento de uma dívida vai continuar refletindo na pontuação em até 10 dias.
Lucas Lopes destaca ainda que entre os principais impactos positivos para a formação do score estão o pagamento em dia e a ausência de dívidas. Por outro lado, a busca constante por crédito, uso do cheque especial, atraso de pagamentos e quitações parciais, como pagar o mínimo do cartão de crédito, por exemplo, pesam de forma negativa na pontuação.
Por Elisa Calmon
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