O mercado doméstico inicia os negócios desta quarta-feira (19) guiado por cautela externa e interna. Faltam poucas horas para o mercado extrair da ata do Federal Reserve (Fed) novos sinais do que pretende fazer o banco central americano diante de novas confirmações de inflação em ascensão. No exterior, dólar ante emergentes e juros longos das T-Notes respondem em alta, e as bolsas em baixa.
A manhã é bastante tumultuada em Brasília. No #PazuelloDay, como diz hashtag no Twitter, o foco está no ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e equipe acusados de corrupção e envolvimento na facilitação de contrabando, em meio a números crescentes de desmatamento da floresta amazônica. Mais cedo, o ministro do STF Alexandre de Moraes aprovou a quebra do sigilo bancário de Salles e de servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Moraes também determinou o afastamento do presidente do Ibama, Eduardo Bim, responsável pela liberação da exportação de madeira de origem nativa, sem a necessidade de autorização específica.
Pazuello começou a depor pouco antes das 9h30 na CPI da Covid. Ele será instado a responder à denúncia de que contratos de reforma de galpões e prédio do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, que custaram quase R$ 30 milhões, têm indícios de fraudes. O general ainda será questionado sobre a demora na compra de vacinas, como demonstrou o representante da Pfizer na CPI, assim como à indicação pelo ex-chanceler Ernesto Araújo, que depôs ontem na CPI, de que foi o responsável pelo atraso na vacinação.
Às 9h29, o dólar spot subia 0,63% aos R$ 5,2877. Logo depois, marcou máxima aos R$ 5,3007 (+0,88%). O juro da T-note de 10 anos avançava a 1,6634%, de 1,642% no fim da tarde de ontem. Futuro do Nasdaq caía 1,51%. Dollar Index subia 0,20%.
Por Karla Spotorno
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