As Bolsas da Europa registraram forte baixa nesta quarta-feira, 19, devido a uma aversão a risco generalizada. Em meio à expectativa pela ata da reunião de política monetária mais recente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e com a divulgação de dados de inflação no Velho Continente, o temor inflacionário continuou a dominar os mercados globais. No fechamento, o índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 1,51%, a 436,34 pontos.
Divulgada nesta quarta, a revisão do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro confirmou a alta de 1,6% em abril, na comparação anual.
Na visão da Capital Economics, a inflação do bloco comum provavelmente continuará subindo, mas não deve avançar tanto quanto nos Estados Unidos. “Isso porque os efeitos de base serão menores e a recuperação nos gastos do consumidor mais lenta”, diz a consultoria britânica.
No Reino Unido, a inflação ao consumidor teve ganho anual de 1,5% em abril, também em linha com as estimativas. Para a Capital Economics, esse salto dos preços na economia britânica deve ser temporário.
Apesar disso, com a aversão a risco em alta, o índice FTSE 100, da bolsa de Londres, caiu 1,19%, a 6.950,20 pontos.
Em Frankfurt, o índice DAX cedeu 1,77%, a 15.113,56 pontos.
Na Bolsa de Paris, o CAC 40 teve baixa de 1,43%, a 6.262,55 pontos. Os papéis da ArcelorMittal tiveram baixa de 4,99% e os da Renault, de 4,22%.
Já o IBEX 35, da bolsa de Madri, fechou em queda de 1,23%, a 9.070,70 pontos.
Em Milão, o FTSE MIB caiu 1,58%, a 24.486,69 pontos, e o PSI 20, de Lisboa, fechou com perdas de 1,11%, aos 5.220,05 pontos.
Outro fator que pesos nos mercados foi uma liquidação no mercado de criptomoedas, após o Banco do Povo da China (PBoC) emitir um alerta, por meio de sua conta no aplicativo WeChat, sobre o alto nível de especulação dos criptoativos, além de proibir instituições financeiras e de pagamentos de realizarem operações com essas moedas.
Durante a tarde, os investidores acompanharão a ata da mais recente reunião de política monetária do Fed em busca de pistas sobre quando a instituição começará a reduzir os estímulos.
Por Iander Porcella
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