As instituições do mercado financeiro projetam um déficit primário de R$ 269 bilhões para o Governo Central em 2021, conforme os dados agregados do questionário pré-Copom, divulgados nesta quarta-feira, 12, pelo Banco Central. O Governo Central reúne Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central.
Pelos cálculos das instituições, as receitas líquidas totais somarão R$ 1,350 trilhão em 2021 e as despesas totais serão de R$ 1,621 trilhão.
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) somará R$ 7,234 bilhões no ano e a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) chegará a R$ 5,239 bilhões.
Os dados fazem parte dos resultados quantitativos agregados do questionário pré-Copom, que foram divulgados pela primeira vez pelo BC. Os números serviram de base para que o Comitê de Política Monetária (Copom) elevasse na semana passada a Selic (a taxa básica de juros) de 2,75% para 3,50% ao ano.
Conforme o questionário, as instituições financeiras projetam um impacto de R$ 100 bilhões no resultado primário do governo central das medidas de combate à covid-19 adotadas em 2021.
Os números mostram ainda que as instituições financeiras esperam por uma dívida bruta de 96% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano de 2029.
No período de 2020 a 2029, pelo levantamento, o máximo da dívida bruta seria atingido em 2027 (97% do PIB). Atualmente, a dívida bruta brasileira está em 89,1% do PIB, conforme os dados mais recentes do BC.
Para a dívida líquida, as instituições financeiras projetam porcentual de 76% do PIB em 2029. No período de 2020 a 2029, o máximo seria em 2028 (porcentual também de 76%). Atualmente, a dívida líquida está em 61,3%.
Por Fabrício de Castro
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