O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou a 0,23% no fechamento de abril, ante variação positiva de 1,00% em março e de 0,39% na terceira quadrissemana do mês. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (3) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador acumulou alta de 6,54% nos 12 meses até abril, maior do que o avanço de 6,11% ocorrido nos 12 meses até março.
Das oito categorias de despesas que compõem o indicador, três registraram decréscimo na variação da terceira quadrissemana de abril para o fechamento do mês, sendo a maior influência observada no grupo Transportes (0,77% para -0,13%). Em março, a taxa havia sido de 3,89%. Nesta classe de despesa, a FGV destaca o comportamento da gasolina, cuja variação passou de 2,26% para -0,62% na comparação quadrissemanal.
Habitação (0,31% para 0,21%) e Despesas Diversas (0,36% para 0,27%) apresentaram desaceleração ante a terceira quadrissemana de abril. Nestes conjuntos de preços, houve alívio nos preços de tarifa de eletricidade residencial (-0,09% para -0,45%) e despachante (0,00% para -0,32%).
Apesar de registrar deflação, o grupo Educação, Leitura e Recreação avançou levemente, a -0,75%, após -0,76%. A maior influência partiu de livros não didáticos, que foram de -0,32% para 0,05%.
Já os grupos Comunicação (0,36% para 0,66%), Vestuário (-0,04% para 0,19%), Saúde e Cuidados Pessoais (1,00% para 1,07%) e Alimentação (0,28% para 0,32%) ajudaram a pressionar o IPC-S do mês passado para cima. Pela ordem, nestas classes de despesa, houve maior pressão nos preços de combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,72% para 1,50%), calçados infantis (0,11% para 0,84%), medicamentos em geral (1,77% para 2,35%) e hortaliças e legumes (-3,69% para -2,26%).
Influências individuais
Os itens que mais puxaram para baixo a variação do IPC-S do fechamento de abril foram passagem aérea (-6,46% para -6,51%), etanol (-4,02% para -6,77%), gasolina (2,26% para -0,62%), tarifa de eletricidade residencial (-0,09% para -0,45%) e maçã (-10,73% para -9,87%).
Já as maiores pressões de alta vieram dos itens plano e seguro de saúde (0,83% para 0,83%), automóvel novo (0,96% para 1,11%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,72% para 1,50%), gás de bujão (2,79% para 2,50%) e aluguel residencial (0,58% para 0,38%).
Por Guilherme Bianchini
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