Ainda impactada pela pandemia do novo coronavírus, a Embraer teve prejuízo líquido de R$ 489,8 milhões no primeiro trimestre de 2021, melhorando a perda de R$ 1,276 bilhão vista um ano antes. Em termos ajustados, excluindo efeitos de imposto de renda e contribuição social, o prejuízo no período foi de R$ 522,9 milhões, ante R$ 433,6 milhões entre janeiro a março de 2020.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Embraer no primeiro trimestre deste ano foi de R$ 82,1 milhões, melhorando a marca de R$ 47,6 milhões de um ano atrás. A margem Ebitda ficou em 1,8%, ante 1,7% entre janeiro e março do ano anterior. Em termos ajustados, o Ebitda foi de R$ 101,3 milhões, menos que os R$ 319,3 milhões do ano anterior. Neste caso, a margem Ebitda foi de 2,3%, ante 11,1% de um ano antes.
A receita líquida da Embraer no primeiro trimestre foi de R$ 4,452 bilhões, crescimento de 55% ante o mesmo período de 2020, puxada pelo crescimento nas receitas de aviação comercial (+145%), defesa & segurança (+51%), aviação executiva (+38%) e serviços e suporte (+17%) na comparação anual.
“Historicamente, o primeiro trimestre do ano é sazonal e apresenta um menor número de entregas, porém com algumas regiões do mundo, principalmente os Estados Unidos, apresentando crescimento da vacinação e do tráfego aéreo nos mercados de aviação comercial e executiva, a companhia está cautelosamente otimista para uma cadência trimestral de entregas mais equilibrada em 2021 em comparação a 2020”, diz a empresa.
A dívida líquida da Embraer ao fim de março foi de R$ 10,837 bilhões, ante R$ 6,929 bilhões de um ano antes e R$ 8,811 bilhões em dezembro. O aumento, diz a fabricante, se deu por conta do uso do caixa livre durante o trimestre. A posição de liquidez da empresa está em R$ 14,034 bilhões, contra R$ 12,999 bilhões de um ano antes e R$ 14,303 bilhões no quarto trimestre.
O caixa líquido utilizado em atividades operacionais ajustado (líquido de investimentos financeiros e ajustado pelos impactos não recorrentes no caixa) foi de R$ 974 milhões no primeiro trimestre, ante R$ 2,510 bilhões visto um ano antes. Já o uso livre ajustado foi de R$ 1,211 bilhão, ante R$ 2,898 bilhões de um ano antes. A Embraer fala que isso se deve, em grande parte, pelo investimento menor em capital de giro no trimestre, principalmente em estoques, além de menores adições líquidas ao imobilizado.
Por Felipe Laurence
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