A Linx registrou prejuízo líquido de R$ 65,913 milhões no quarto trimestre de 2020, ante lucro líquido de R$ 9,399 milhões registrado em igual época de 2019. Em todo o ano passado, a perda totalizou R$ 80,074 milhões, ante resultado positivo de R$ 38,876 milhões em 2019.
Já o prejuízo líquido ajustado no quarto trimestre foi de R$ 8,1 milhões, ante resultado positivo de R$ 7,691 milhões um ano antes. “Essas variações são explicadas principalmente por impacto negativo no resultado financeiro com a redução gradual do CDI no período e maior volume de descontos concedidos a clientes; maiores custos de publicidade e implementação; efeitos das aquisições de empresas e consolidação das respectivas estruturas de custos; e menor expansão sequencial da receita operacional líquida em função do período mais desafiador gerado pela pandemia.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), por sua vez, ficou negativo em R$ 18,058 milhões nos meses de outubro a dezembro de 2020, ante resultado positivo de R$ 54,967 milhões no quarto trimestre de 2019. Em todo o ano passado, porém, o resultado positivo totalizou R$ 113,410 milhões, queda de 43,5% em relação a 2019.
Neste trimestre, “tivemos despesas não recorrentes no total de R$ 60,0 milhões, envolvendo principalmente a apuração das perdas operacionais incomuns da Linx Pay; despesas de assessoria legal e financeira decorrentes da proposta da STNE pela Linx; plano de opção de ações da companhia; impacto da receita com antecipação e cessão de recebíveis oferecida pelo Linx Pay Hub, montante alocado no resultado financeiro”. Desta forma, o Ebitda ajustado atingiu R$ 42,0 milhões no trimestre, retração de 21,2% em relação ao Ebitda ajustado do quarto trimestre de 2019.
Enquanto isso, a receita operacional líquida da empresa ficou em R$ 233,421 milhões nos meses de outubro a dezembro, alta de 5,2% na comparação anual. Em 2020, este valor atingiu R$ 876,377 milhões, ganho de 11,2% ante 2019.lucro
No quarto trimestre, o saldo de caixa e aplicações financeiras da companhia atingiu R$ 632,8 milhões, R$ 347,5 milhões abaixo na comparação com o quarto trimestre de 2019 em função principalmente do desembolso decorrente das cinco aquisições de empresas e execução do programa de recompra das ações de emissão da companhia.
Já a dívida bruta da empresa encerrou o quarto trimestre em R$ 503,0 milhões, 2,4% a menos em relação ao terceiro trimestre, composta por empréstimos com o BNDES no valor de R$ 296,0 milhões, contas a pagar por aquisições de ativos e de controladas no total de R$ 100,8 milhões e arrendamento no valor de R$ 106,2 milhões, visto que é necessário mensurar e reconhecer a valor presente os arrendamentos da Companhia.
Por Niviane Magalhães
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