O ministro da Economia, Paulo Guedes, mais uma vez argumentou que a pandemia de covid-19 atrasou programa de privatizações do governo, mas alegou que a agenda de desestatizações segue caminhando. “A inclusão de Eletrobras e dos Correios no Programa Nacional de Desestatização (PND) mostra que a base do governo está alinhada com o programa de privatizações. Colocamos essas empresas na esteira”, afirmou, em videoconferência com a XP Investimentos.
Ele considerou que o ideal é fazer a capitalização da Eletrobras, e não fatiar a empresa em diversos leilões.
Para o ministro, o setor provado tem condições mais que suficientes para investir na economia, desde que um fiscal forte possibilite a manutenção dos juros baixos.
“Quem tiver vendendo que o governo vai crescer com investimentos públicos, está tocando um bumbo que a gente já tocou e deu errado. Dilma tocou o bumbo até afundar ela, o mandato, tudo”, apontou Guedes. “Temos que tomar cuidado com discurso de ‘vamos crescer’, porque se for pelo lado errado, vai dar muito errado”, alertou.
Nesse sentido, Guedes enfatizou que a retomada da economia precisa vir pelo setor privado. “O Brasil perdeu a dinâmica de crescimento ao longo de 30 anos tentando o caminho do setor público. Deu errado”, repetiu. “No curto prazo, temos desafio de transformar volta em V pelo consumo em investimento. Se fizermos a retomada pelo setor público, a inflação dispara e o desemprego resiste”, acrescentou.
Por fim, o ministro mais uma vez levantou a ideia de criar um “Fundo Brasil” com as empresas estatais para fazer política de transferência de renda por meio dos dividendos dessas companhias. “Vamos acelerar as privatizações e transferir propriedade para os mais pobres”, repetiu.
Por Eduardo Rodrigues e Idiana Tomazelli
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