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Prejuízo da Cogna dispara e atinge R$ 4,019 bi no 4º trimestre

Cogna acumula prejuízo de R$ 5,805 bilhões em 2020 (Foto: Shutterstock)

O grupo de ensino Cogna registrou no quarto trimestre de 2020 um prejuízo de R$ 4,019 bilhões, frente a perdas de R$ 168,583 milhões no mesmo período de 2019. Considerando o resultado ajustado, o prejuízo do intervalo soma R$ 589,232 milhões, contra lucro de R$ 51,620 milhões um ano antes. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) do trimestre ficou negativo em R$ 3,767 bilhões, diante de um indicador positivo de R$ 534,964 milhões do quarto trimestre de 2019.

A receita líquida do intervalo entre outubro e dezembro do ano passado recuou 15,5%, para R$ 1,494 bilhão na comparação anual. As despesas financeiras do trimestre somaram R$ 136,893 milhões, uma redução de 55,3% sobre as despesas de um ano antes.

Entre janeiro e dezembro de 2020, o prejuízo líquido da Cogna atingiu R$ 5,805 bilhões, frente a um lucro de R$ 235,244 milhões observado em 2019. O Ebitda somou R$ 4,011 bilhões negativo, diante de um indicador positivo de R$ 2,422 bilhões de um ano antes. A receita líquida do grupo caiu 17,1% na comparação anual, para R$ 5,269 bilhões.

A despesa financeira da holding de ensino somou R$ 598,694 milhões, uma piora de 21,5% em relação ao ano anterior.

Ano difícil

O ano de 2020 foi um dos mais difíceis da história recente da Cogna, com queda de receita e queda relevante de Ebitda, tanto por motivos operacionais quanto em decorrência de ajuste no contas a receber do ensino superior, diz a empresa, na mensagem da administração que acompanha o balanço.

De acordo com a Cogna, a combinação entre a redução da receita de alunos do programa de Financiamento Estudantil (FIES) com a piora da economia por conta da pandemia, causou um estrago nos resultados da holding de ensino. “Tínhamos a opção de tentar mitigar esses impactos em 2020 ou sermos agressivos para fazer as mudanças necessárias que trariam a companhia para uma nova trajetória de geração de valor já em 2021. Ficamos com a segunda opção”, diz a empresa.

Por Daniele Madureira, especial para o Estadão

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