O Grupo Equatorial foi o vencedor do leilão de privatização da distribuidora de energia gaúcha CEEE-D, após fazer uma proposta de R$ 100 mil pelo ativo. Ao contrário do que era esperado pelo mercado, a CPFL não apresentou oferta para levar a distribuidora de energia.
O preço mínimo para as propostas era de R$ 50 mil, o equivalente a R$ 0,001112111 por ação. O valor módico estabelecido é decorrente do alto endividamento que a empresa possui.
Serão vendidas as 44.959.522 ações de propriedade da estatal gaúcha CEEE-Par, que correspondem a 65,87% do capital da CEEE-D. Destas, 44.958.435 são ordinárias e as demais 1.087, preferenciais.
Em sua justificativa para vender o ativo, o governo informou que análises feitas pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), instituição responsável por estruturar o processo de venda da empresa, apontaram para a necessidade de um aporte escritural R$ 2,8 bilhões por parte do governo gaúcho.
O presidente do Grupo Equatorial, Augusto Miranda, disse que a concessão da CEEE-D fará bem ao mix de ativos da companhia, e que a aposta no Rio Grande do Sul se dá porque o plano de crescimento do Estado é consistente. “Temos conhecimento do plano de investimento do Rio Grande do Sul que está em curso e nosso investimento ajudará muito o Estado a alcançar as metas estabelecidas pelo governo.”
Embora a participação da Equatorial no leilão já fosse esperada, a ausência da CPFL surpreendeu, uma vez que a companhia tem a concessão da RGE Sul e seria a que melhor conseguiria sinergias caso adquirisse a CEEE-D.
Por Wilian Miron
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