Os principais mercados de ações oscilam sem tendência definida nesta sexta-feira (19), no último pregão de uma semana de volatilidade: os índices futuros norte-americanos apontavam para cima após queda na véspera, enquanto as bolsas europeias recuavam, com temores envolvendo inflação e demanda por petróleo.
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A alta dos juros dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos com vencimento em 10 anos reflete o pessimismo quanto ao nível geral preços diante dos estímulos fiscais e dissemina receio sobre a atratividade do investimento em ações diante da remuneração da renda fixa dos EUA.
Em paralelo, as notícias sobre uma nova onda de infecções de Covid-19 e medidas adicionais de isolamento social na Europa também são fonte de tensão. Os preços do petróleo despencaram 7% na quinta-feira (18) e agora subiam 1% nesta manhã.
Alemanha, França e Portugal anunciaram que devem retomar nos próximos dias a aplicação da vacina desenvolvida pela AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford. A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) anunciou que não houve indícios de que o uso da vacina tenha influenciado as reações de coágulos sanguíneos em pessoas que receberam uma dose do imunizante.
Ações e Treasuries
Por volta de 7h30 (horário de Brasília), o índice europeu Euro Stoxx 600 perdia 0,4%, enquanto os futuros dos índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq avançavam 0,1%, 0,2% e 0,4%, respectivamente, acompanhando o alívio no juro longo norte-americano.
Os rendimentos dos Treasuries de 10 anos oscilavam na faixa de 1,69%, após atingirem o maior nível em 14 meses, acima de 1,7%.
A alta do juro longo da referência de renda fixa nos EUA traz cautela a respeito de inflação futura e custo do crédito, mediante a expectativa de retomada da economia. O movimento prejudica ainda mais os papéis de tecnologia (Nasdaq) devido ao fluxo de longo prazo estimado para essas empresas, avaliam analistas.
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