A disputa do Facebook com reguladores e publishers pelo pagamentos de notícias que circulam em sua plataforma está apenas começando, e o acordo com o governo da Austrália para a restaurar as publicações na rede social não encerra os confrontos em outros locais. O acerto oferece um caminho para evitar pagamentos obrigatórios aos editores por conteúdo de notícias, desde que a empresa trabalhe para chegar a acordos por conta própria.
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Os editores de notícias contam com o público que o Facebook e o Google, controlado pela Alphabet, oferecem. Horas após a decisão do Facebook de encerrar o compartilhamento de notícias na Austrália, o tráfego de leitores nos veículos vindos de fora do país diminuiu em cerca de 20%, mostraram dados da empresa de análise Chartbeat.
Tanto o Facebook quanto o Google dizem que suas plataformas ajudam o jornalismo. Uma editora de notícias dos EUA aponta que a disputa com o Facebook na Austrália sugere que a empresa de mídia social renovou o interesse em pagar pelo conteúdo depois de relutar anteriormente em fazê-lo. “Estamos em um ponto de inflexão”, afirma Maribel Perez Wadsworth, editora do USA Today, o título principal da Gannett, a maior rede de jornais dos Estados Unidos. “Finalmente, há uma apreciação muito maior do valor do jornalismo confiável.”
No início deste mês, autoridades australianas conversaram com seus homólogos de Canadá, Alemanha, França e Finlândia sobre a aplicação de regras semelhantes em plataformas de tecnologia, afirmou Steven Guilbeault, ministro canadense encarregado de política cultural, acrescentando que a coalizão de países pode se expandir.
Fonte: Dow Jones Newswires.
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