A mediana da inflação esperada pelos consumidores para os próximos 12 meses subiu a 5,3% em fevereiro, ante um resultado de 5,2% obtido em janeiro, segundo o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em relação a fevereiro de 2020, houve elevação de 0,3 ponto porcentual.
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“O aumento da expectativa mediana da inflação dos consumidores para os próximos 12 meses tem sido influenciado pelo movimento de alta de alimentos e bebidas, produtos com elevada participação na cesta de consumo dos indivíduos. As expectativas de inflação entre as faixas de renda mais baixa sustentam-se como as mais altas. A sustentação dos preços apesar da fraca atividade econômica está associada à concessão dos auxílios emergenciais e aos aumentos das commodities”, afirmou Viviane Seda Bittencourt, coordenador das Sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Na distribuição por faixas de inflação, 15,2% dos consumidores projetaram valores abaixo da meta de inflação de 3,75% estabelecida para 2021, ante uma fatia de 14,2% registrada no mês anterior. Ao mesmo tempo, a proporção de consumidores esperando inflação acima do limite superior de tolerância da meta, de 5,25%, caiu de 39,7% em janeiro para 37,1% em fevereiro.
A alta em fevereiro da expectativa de inflação foi puxada pelos consumidores de menor poder aquisitivo. Entre as famílias com renda mensal até R$ 2,1 mil a expectativa de inflação subiu de 5,8% em janeiro para 6,1%.
O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.
Por Daniela Amorim
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