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Acordo entre Cogna e Eleva desagrada analistas; ações oscilam

(Foto: Shutterstock)

O grupo de educação privada Cogna (COGN3) e a Eleva Educação, empresa que tem Jorge Paulo Lemann entre seus acionistas, anunciaram um acordo de compra e venda de ativos que pouco ajudará no esforço de redução do endividamento da Cogna, segundo avaliação de analistas.

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Na transação, a Cogna vai comprar os sistemas de educação básica da Eleva por R$ 580 milhões. O valor será pago em parcelas ao longo de 5 anos. A aquisição será realizada por meio da Somos Sistemas (marca de educação básica controlada pela Vasta, subsidiária da Cogna).

E, em contrapartida, a Saber (subsidiária de educação básica da Cogna) vai vender à Eleva 51 escolas de educação básica por R$ 964 milhões – R$ 625 milhões serão pagos em 5 anos e a diferença de R$ 339 milhões serão via debêntures conversíveis em ações da Eleva.

“Em caso de realização de IPO [oferta inicial de ações] pela Eleva, as debêntures serão convertidas em novas ações de emissão da Eleva, cujo preço de emissão por ação será correspondente ao preço de emissão por ação da Eleva no IPO, e a Cogna passará a ser acionista da Eleva, direta ou indiretamente”, diz o comunicado enviado ao mercado.

Endividamento

Para a equipe de análise da XP Investimentos, os termos da transação vieram piores do que as estimativas. Os analistas esperavam uma cifra proveniente do negócio que contribuísse para a redução do endividamento da Cogna.

“O impacto em desalavancagem para a Cogna é limitado (e não imediato): R$ 45 milhões, considerando que a dívida tem grande chance de ser convertida em ações com liquidez limitada, e foi menor do que as expectativas do mercado (incluindo as nossas) que eram perto R$ 1 bilhão”, dizem os analistas da corretora. Eles mantêm a recomendação “neutra” para Cogna, com preço-alvo de R$ 5,10.

“A Cogna vai se desfazer completamente do negócio de escola [de educação básica], abandonando uma oportunidade de consolidação em uma transação que falha em ajudar na desalavancagem da empresa”, dizem os analistas do BTG Pactual Samuel Alves e Yan Cesquim, em relatório. Eles também têm indicação “neutra” para Cogna, com preço-alvo em 12 meses de R$ 5,40.

Ações

Por volta de 11h30 (horário de Brasília) desta terça-feira (23), as ações da Cogna recuavam 0,5%, cotadas a R$ 3,96, oscilando entre altas e baixas desde o início do pregão. No mesmo instante, o Ibovespa subia 0,6%, aos 113.385 pontos.

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