Política

Bolsonaro fala em ‘covardia’ com reajuste e ‘compromisso zero’ de Castello Branco

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse neste sábado (20) que a decisão de afastar Roberto Castello Branco do comando da Petrobras se deu porque a magnitude dos reajustes dos preços dos combustíveis este ano foi uma “covardia”. Para ele, a estratégia de aumentar os valores foi para “atacar” o seu governo.

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Durante conversa com apoiadores neste sábado, o presidente também prometeu agir no mercado de energia elétrica. “Vamos meter o dedo na energia elétrica, que é outro problema também”, afirmou.

Bolsonaro falou com apoiadores no dia seguinte à indicação do general Joaquim Silva e Luna para o comando da estatal do petróleo.

O nome do general terá de ser aprovado pelo conselho da companhia, que há 36 anos não era presidida por um militar. “Parecia exorcismo quando eu falei que não ia prorrogar por mais dois anos o mandato do cara (Castello Branco). Compromisso zero com o Brasil, zero. Nunca ajudaram em nada…”, descreveu o presidente.

Mais cedo, numa live dentro de um carro, Bolsonaro também criticou o fato de Castello Branco estar trabalhando em home office desde março. Agora, sua insatisfação foi com a elevação dos preços nas bombas, que seria injustificada. “Não é aumentando o preço de acordo com o petróleo lá fora e o dólar aqui dentro, é mais do que isso: a preocupação é ganhar dinheiro em cima do povo. Não justifica 32% de reajuste do diesel no corrente ano. Ninguém esperava essa covardia desse reajuste agora”, afirmou.

A Petrobras é uma companhia mista e tem suas ações negociadas na Bolsa de Valores no Brasil e também no exterior, por meio de ADRs. A decisão da sexta à noite de tirar Castello Branco da estatal fez os preços da companhia despencarem no mercado financeiro aqui e nos Estados Unidos pelo temor de uma interferência do Planalto sobre a empresa. “Ninguém quer interferir ou está interferindo na Petrobras, mas eles estão abusando. Assim como eu dizia que queriam me derrubar na pandemia pela economia, fechando tudo, agora resolveram atacar na energia”, justificou.

Por Célia Froufe

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Estadão Conteúdo

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