A pandemia impulsionou o uso de ferramentas digitais na educação. Agora, startups do segmento, conhecidas como “edtechs”, começam a receber investimentos para ampliar suas operações. É nesse contexto que a Descomplica, conhecida por atividades de reforço para Enem e vestibulares, anunciou ontem que recebeu um aporte de US$ 84,5 milhões (cerca de R$ 450 milhões) – a empresa diz que o investimento é o maior já feito no segmento na América Latina.
O aporte foi capitaneado pelo Invus Group, que já havia liderado outras rodadas na empresa, e pelo grupo japonês SoftBank. O Valor Capital Group, que também já havia feito investimentos em rodadas anteriores na startup, voltou a participar. Além desses três nomes, dois novos investidores chamam a atenção: The Edge, guitarrista da banda U2, e a Chan Zuckerberg Initiative, empresa de investimentos de impacto social da família do fundador do Facebook. A Península Participações, de Abílio Diniz, fechou o time de investidores. Essa foi a quinta rodada de aportes na empresa – a última, de R$ 54 milhões, havia ocorrido em 2018.
Segundo um ranking da empresa de inovação Distrito, essa é a maior cifra já levantada por uma edtech brasileira num investimento de capital privado – o segundo lugar também é da Descomplica, com o aporte de três anos atrás. Só a Arco Educação levantou valor maior (US$ 194 milhões) entre as startups brasileiras de educação, mas isso ocorreu na oferta inicial de ações, também em 2018.
Fundada em 2011 pelo professor de Física Marco Fisbhen, a Descomplica ficou conhecida por suas ferramentas de preparação para o Enem e para vestibulares.
No ano passado, porém, a companhia inaugurou um novo capítulo em sua história, com a Faculdade Descomplica, que traz cursos de graduação e pós-graduação 100% digitais. O braço de ensino superior começou com quatro cursos de graduação no ano passado – serão lançados mais 15 em 2021 e outros 18 em 2022. A pós-graduação já conta com 300 programas e deve chegar a 500 até o final do ano.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Bruno Romani
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