A diretora-geral da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Carissa Etienne, afirmou que estudos em andamento estão provendo cada vez mais evidências de que algumas das variantes do novo coronavírus, como a identificada primeiro em Manaus, região Norte do Brasil, têm maior capacidade de transmissão do que a cepa original do vírus.
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De acordo com o gerente de Incidentes da Opas, Sylvain Aldighieri, três variantes preocupantes foram identificadas em pelo menos 20 países das Américas. Após informar que cerca de 1,6 milhão de casos de covid-19 foram registrados na região na semana passada, em torno de metade dos casos globais no período, Etienne afirmou que os países americanos ainda estão sendo afetados severamente pela pandemia. A diretora-geral da Opas defendeu medidas de segurança como a “melhor forma” de combater o vírus a curto prazo, antes de vacinas começarem a fazer efeito.
A vacina da AstraZeneca tem sofrido com desconfiança após um estudo de fases 1 e 2 na África do Sul identificar menor eficácia do produto para casos leves e moderados da cepa sul-africana do sars-cov-2. Segundo o diretor-assistente da Opas, Jarbas Barbosa, não há motivos para crer que a vacina da AstraZeneca tem menor eficácia na prevenção contra casos graves, que são o foco dos imunizantes neste momento, disse.
Ele alertou também para o fato de que os estudos identificaram a menor eficácia da vacina em um pequeno grupo de pessoas que contraíram a cepa sul-africana, de forma que os resultados não podem ser estendidos às variantes brasileiras e britânica do coronavírus, por exemplo.
O imunizante da AstraZeneca é o produto com o maior volume de doses a serem distribuídas pela iniciativa Covax a países americanos, segundo relatório da Organização Mundial de saúde (OMS) publicado há uma semana. Barbosa disse que os países-membros da Opas que receberem doses pela Covax deverão enviar à entidade o seu plano nacional de imunização, de forma a garantir a correta distribuição das vacinas.
Por Gabriel Caldeira
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