O mercado financeiro reagiu mal ao tomar conhecimento nesta sexta, 5, de que a Petrobras poderá demorar até um ano para reajustar os preços dos combustíveis em suas refinarias. Neste período em que mantém os valores dos seus produtos inalterados, sem acompanhar as oscilações do dólar e da cotação do barril do petróleo no mercado internacional, a empresa retém altas de custo, sem repassá-las ao consumidor final, o que não agrada os investidores.
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Até então, a informação que circulava no mercado era de que o prazo de adequação dos preços internos às oscilações externas não era tão longo e, no máximo, chegava a três meses. Ontem, porém, os investidores ficaram sabendo que os reajustes podem demorar 12 meses para acontecer.
Em fato relevante, pela primeira vez, a empresa afirmou ter alterado no primeiro semestre do ano passado o prazo limite de reajuste dos combustíveis para um ano. O último comunicado sobre o tema havia saído no dia 3 de janeiro de 2020, quando informou que “não há periodicidade pré-definida para a aplicação de reajustes. “.
Ontem, no entanto, a agência Reuters divulgou no fim da tarde que, internamente, a empresa havia definido o prazo de reajuste anual, o que derrubou o preço das ações preferenciais em 4,5% e as ordinárias, em 3,7%, apenas no período de 16h às 16h50. Os papéis até haviam começado o dia em alta, após o governo reunir ministros e o presidente da companhia, Roberto Castello Branco, para reafirmar a independência da Petrobras.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Fernanda Nunes e Renato Carvalho
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