O Bradesco registrou lucro líquido recorrente de R$ 6,8 bilhões no quarto trimestre de 2020, o maior resultado trimestral da história do banco, 2,3% superior ao que foi identificado um ano antes e com aumento de 35,2% em relação aos três meses anteriores.
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Os avanços, contudo, foram insuficientes evitar a queda no acumulado do ano, marcado por aumento de provisões em meio à crise causada pandemia. O banco terminou 2020 com lucro acumulado de R$ 19,458 bilhões, retração de 24,8% em relação a 2019.
No lucro contábil, o banco somou R$ 5,464 bilhões, alta de 30,3% em relação ao trimestre anterior e de 11,9% na comparação com igual período de 2019.
“Estamos bastante satisfeitos com o resultado do quarto trimestre do ano e, claro, de todo o exercício de 2020. São números que refletem o esforço e dedicação de todas as nossas equipes, num ano reconhecidamente difícil, desafiador em todos os aspectos, no qual a palavra de ordem foi superação e humildade”, afirma o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, em nota à imprensa.
A carteira de crédito expandida do Bradesco totalizou R$ 664,414 bilhões no último trimestre do ano passado, saldo 10,3% maior que o visto nos três meses anteriores. Em um ano, o crescimento foi de 3,4%.
Dessa vez, os empréstimos foram impulsionados pelo segmento pessoa física, ao contrário do que ocorreu no início da pandemia, quando o governo entrou com estímulos para socorrer empresas.
A carteira para pessoa física teve avanço de 6,9% no quarto trimestre em relação a igual período do ano anterior, para R$ 260,258 bilhões, enquanto para pessoa jurídica a expansão foi mais tímida, de 1,4%, para R$ 426,711 bilhões.
O banco encerrou dezembro com R$ 1,644 trilhão em ativos totais, incremento de 16,7% em um ano. No comparativo trimestral, porém, foi identificada queda de 0,9%.
Já o patrimônio líquido do Bradesco foi a R$ 143,713 bilhões no quarto trimestre, aumento de 4,5% em relação ao anterior. Ante o mesmo intervalo do ano passado, subiu 7,5%.
A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio (ROE, na sigla em inglês) subiu e passou de 15,2% no terceiro trimestre para 20% no quarto. Ainda está abaixo, porém, do nível de um antes, de 21,2%. Em 2020, ficou em 14,8%, contra 20,6% em 2019.
Segundo Lazari, o desempenho em 2020 mostrou a capacidade do Bradesco de enfrentar cenários adversos. “Tivemos agilidade e adotamos ações objetivas de gestão para mobilizar a nossa rede de distribuição de produtos e serviços, além de contarmos com uma estrutura tecnológica robusta para o atendimento digital”, disse.
Para 2021, mostrou confiança e disse que o cenário não é mais de desolação, mas, sim, de reconstrução, com incertezas menores que no ano passado. “A pandemia está aí, um problema grave, mas já temos a vacinação em andamento em todo o mundo. Sem dúvida, a velocidade e o impacto dessa imunização são menores que o nosso desejo, mas é o caminho possível e o cenário é positivo para o médio prazo”.
O executivo afirmou que tem convicção de que a economia entrará em terreno positivo neste ano e que o ciclo de recuperação poderá surpreender na medida que a vacinação avance com mais ritmo. “2021 será muito melhor que 2020”, ressaltou.
Por André Ítalo Rocha e Aline Bronzati
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