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Alta da Selic não barra fluxo para Bolsa, diz XP, que mira 135 mil pontos

(Foto: Espaço B3/Divulgação)

A XP Investimentos espera uma taxa Selic mais alta neste ano, mas não acredita que isso vai frear a migração de dinheiro para a Bolsa, considerando que o juro real (descontado da inflação) perto de zero ainda pressionará a renda fixa.

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Após o Banco Central retirar o “forward guidance” (orientação futura) e citar riscos para a inflação, a equipe da corretora elevou a projeção para a Selic em 2021, de 3% ao ano para 3,5% ao ano, e de 4% ao ano para 4,5% ao ano em 2022. Na visão deles, o BC vai começar a subir o juro em maio ao invés de agosto.

Mesmo assim, a atratividade da Bolsa brasileira, que quase dobrou a quantidade de pessoas físicas cadastradas na B3 em 2020, permanece intacta, segundo os especialistas.

“Analisando os ciclos de alta de juros nos últimos 20 anos no Brasil, concluímos que: 1) dos 6 ciclos de alta na Selic, o Ibovespa subiu em 3 ciclos e caiu em outros 3. Ou seja, não há um impacto claro e direto no Ibovespa, e 2) na média desses 6 ciclos, para cada +1% na taxa Selic, o Ibovespa caiu -0,07%. Novamente, a taxa Selic não é a única – e mais importante – determinante dos rumos para o Índice Ibovespa”, dizem os analistas Fernando Ferreira e Marcella Ungaretti, em relatório.

135 mil pontos

Neste contexto, o time da XP atualizou a perspectiva para Ibovespa ao fim de 2021, elevando o target de 130 mil pontos para 135 mil pontos. A elevação reflete revisões para cima nas previsões para os lucros das empresas.

Para os analistas da XP, a vacinação contra Covid-19 começou lenta no Brasil, mas está acelerando o ritmo em meio à pressão pública e à queda repentina na popularidade do governo.

“A partir de agora, a corrida será entre a velocidade com que o vírus se espalha e a velocidade com que as pessoas conseguem ser vacinadas. Pelo menos, em comparação com 2020, há várias vacinas eficazes sendo implantadas no mundo”, observam.

Recomendações

A equipe da XP optou por mudar 4 ações na Carteira Top 10 para fevereiro: entraram Bradesco (BBDC4), Marfrig (MRFG3), GPA (PCAR4) e Rede D’Or (RDOR3) no lugar de Banco do Brasil (BBAS3), Gerdau (GGBR4), C&A Modas (CEAB3) e Petrobras (PETR4).

Em janeiro, a carteira Top 10 da XP caiu 4,5%, enquanto o Ibovespa recuou 3,3%.

Veja a Carteira Top 10 Ações XP para fevereiro:

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