Depois de cinco anos, a Apple voltou a ser a marca mais valiosa do mundo, superando outras gigantes da tecnologia, a Amazon e o Google, de acordo com o relatório Brand Finance 2021, divulgado hoje. A estratégia de diversificação capitaneada pelo presidente da companhia, Tim Cook, fez o valor da marca dar um salto de 87% em um ano, atingindo US$ 263,4 bilhões.
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O relatório cita a forte aposta da fabricante do iPhone em serviços, com o crescimento de ofertas como Apple Music e Apple TV+, que vieram para inserir a marca ainda mais no cotidiano das pessoas. “A Apple mostra habilidade de se reinventar continuamente e consegue se diferenciar de outras fabricantes de equipamentos, o que contribuiu para a marca ser a primeira empresa dos Estados Unidos a atingir valor de mercado de US$ 2 trilhões, em agosto de 2020”, diz o relatório.
O retorno da Apple ao topo não significa que a Amazon, líder do ano anterior, tenha perdido terreno. Segundo o estudo, a empresa viu o valor de sua marca subir 15% ao longo do ano passado, para US$ 254,2 bilhões. O levantamento lembra que a empresa foi beneficiada pela pandemia de covid-19, quando o uso do e-commerce cresceu em todo o mundo. A companhia, também presente em outros diversos segmentos, não tem medo de grandes investimentos: em 2020, comprou 11 aviões para agilizar suas entregas e melhorar a experiência do consumidor.
O “top 3” das marcas mais valiosas do mundo é completado pelo Google, que perdeu uma posição em relação ao ano passado. Apesar de dominar a internet em todo mundo, o buscador ficou quase no “zero a zero” no ano passado, com um avanço de 1% no valor de sua marca, para US$ 191,2 bilhões. Na visão da Brand Finance, a companhia está “marginalmente atrás” dos concorrentes em termos de diversificação e, por causa da pandemia, reportou a primeira queda de receita de sua história.
Além de Apple, Amazon e Google, há uma forte presença de empresas de tecnologia entre as dez maiores marcas do mundo. As outras sete integrantes do “top 10” são: Microsoft, Samsung, Walmart, Facebook, ICBC, Verizon e WeChat. De todas essas companhias, apenas duas – a varejista Walmart e o banco chinês ICBC – não têm origem no setor.
Em grande parte dos setores, a Brand Finance notou que as empresas que mais ganham valor de marca – e, por conseguinte, presença na cabeça do consumidor – são as novas entrantes, que ajudaram a criar disrupção no “estado das coisas” de seu ramo de atividade.
Um exemplo claro é a fabricante de carros elétricas Tesla: a empresa de Elon Musk foi a que mais se valorizou em todo o ranking, aponta a consultoria. Com alta de 158%, sua marca hoje vale US$ 32 bilhões, quase a metade do total de gigantes como Mercedes-Benz e Toyota.
O mesmo ocorre no mundo do entretenimento, em que Netflix e Spotify, pioneiras nos setores de streaming de filmes e música, respectivamente, aparecem bem à frente das rivais. A Netflix teve novo pico de utilização e viu sua marca ficar 9% mais valiosa, atingindo US$ 24,9 bilhões. Ainda é menos do que a Disney (que decaiu 9%, para US$ 51,2 bilhões), mas muito mais que a rede NBC (baixa de 44%, para US$ 8,4 bilhões). Já o Spotify entrou em 13 novos mercados e viu seu valor disparar 39%, para US$ 5,6 bilhões.
Outro segmento que apareceu com força foi o e-commerce – o que serviu para ampliar também o valor de algumas varejistas tradicionais. Isso ocorreu com o Walmart, que viu seu valor de marca subir 20%, graças a um grande salto em seu lucro no período da pandemia. Dentro dessa lógica, também houve valorização de varejistas como Target (+30%) e Cotsco (+28%).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Fernando Scheller
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