Apesar da alta recente da inflação de curto prazo, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, manter a Selic (a taxa básica da economia) em 2,00% ao ano. O colegiado, no entanto, retirou o “forward guidance” – prescrição futura, no jargão inglês – adotado desde agosto que estabelecia condições sob as quais o Copom se comprometia a não elevar os juros.
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Esta é a quarta vez que a Selic não sofre alteração, após nove cortes consecutivos. Ainda assim, a taxa está no piso da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996.
A decisão era largamente aguardada pelo mercado financeiro. De um total de 58 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, todas esperavam pela manutenção da Selic em 2,00% ao ano.
Para o fim de 2021, as casas esperam desde uma Selic estável em 2,00% até um aumento dos juros a 4,75% ao ano. A mediana é de 3,50%.
Justificativa
Ao justificar a decisão desta quarta-feira, o BC avaliou que manutenção da Selic em 2,00% ao ano é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2021 e, principalmente, o de 2022.
O comunicado repetiu que a decisão também reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e
Inflação
No documento, o BC também atualizou suas projeções para a inflação. No cenário básico, que utiliza câmbio variando conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC) e juros do Relatório de Mercado Focus, o BC alterou a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2021 de 3,4% para 3,6%.
No caso de 2022, a expectativa foi mantida em 3,4%. O Copom deixou de fornecer projeções para um cenário com taxa de juros fixa e câmbio PPC.
Meta
O centro da meta de inflação perseguida pelo BC em 2021 é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).
A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).
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