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Incorporadoras confirmam recuperação no 4º trimestre

(Foto: Shutterstock)

(Atualizada às 18h34)

As fortes prévias operacionais do quarto trimestre de incorporadoras de imóveis listadas na B3, como MRV (MRVE3) e Even (EVEN3), confirmam a continuidade da recuperação do setor imobiliário no Brasil desde quando eclodiu a pandemia de Covid-19.

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Com a divulgação dos dados, o setor imobiliário foi um dos destaques do cenário corporativo nesta sexta-feira (15) na B3, com alguns papéis conseguindo resistir ao pessimismo generalizado nos mercados em meio aos temores relacionados ao aumento de infecções pelo vírus.

No fechamento, as ações da JHSF (JHSF3) e da Even subiram 2,04% (R$ 7,48) e 0,86% (R$ 11,69), respectivamente. Já os papéis da MRV, da Mitre (MTRE3) e da Melnick (MELK3) terminaram em queda de 1,93% (R$ 20,30), 0,42% (R$ 16,25) e 3,59% (R$ 6,71), nesta ordem. Por ora, analistas apostam em um 2021 positivo para o setor imobiliário. O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, encerrou a sessão em baixa de 2,54%, aos 120.348 pontos.

MRV

O grupo MRV, cuja plataforma MRV&Co inclui a incorporadora MRV, a norte-americana AHS, a empresa de locação Luggo e loteadora Urba, lançou um VGV de R$ 2,12 bilhões no quarto trimestre de 2020, uma queda de 10,2% na base anual e alta de 1,7% ante o terceiro trimestre, mantendo a tendência de recuperação.

As vendas líquidas somaram R$ 2,06 bilhões no período, um crescimento de 49,1% ante o anterior e de 4,7% ante o trimestre anterior.

“Apesar da prévia operacional positiva, mantemos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$ 23,0, pois vemos grande parte do resultado precificado na ação após a performance de quase 7,9% do papel na semana”, diz a equipe de análise da XP Investimentos, em relatório.

“Novamente a MRV divulgou números sólidos, mas reportou um número de lançamentos abaixo da expectativa. Esperamos uma reação positiva para a ação, uma vez que o setor de construção civil deverá continuar sendo beneficiado pelo cenário atual de juros baixos e de recuperação da economia previsto para 2021”, avalia o analista Pedro Galdi, da corretora Mirae Asset, em relatório.

Even e Melnick

Nos últimos 3 meses de 2020, a construtora e incorporadora Even apresentou 3 lançamentos com um VGV total de R$ 482 milhões, contra R$ 808 milhões no mesmo período em 2019. As vendas líquidas totalizaram R$ 402 milhões, ante R$ 600 milhões no quarto trimestre de 2019. 

Já Melnick, controlada da Even que atua focada em projetos de residenciais de médio e alto padrão no Rio Grande do Sul, divulgou lançamentos de R$ 83 milhões no quarto trimestre, com vendas líquidas de R$ 31 milhões.

“Os números demonstram uma recuperação no patamar de lançamentos e vendas em relação ao primeiro semestre, que foi severamente impactado pela pandemia. Entendemos que ambas as companhias, por atuarem em uma faixa de mercado mais cíclica (média e alta renda), estão bem posicionadas para colher os frutos da retomada da economia”, observa a equipe da casa de investimentos Levante.

Os analistas do BTG Pactual, por sua vez, destacam a forte geração de caixa da Even no período e preveem que a empresa deverá distribuir dividendos elevados, também considerando a venda do Hotel Fasano à Gafisa (GFSA3). Eles recomendam comprar as ações tanto da Even quanto da Melnick.

Mitre

A incorporadora Mitre registrou lançamentos com VGV de R$ 463,7 milhões no quarto trimestre, o que representa uma alta de 46% ante igual intervalo em 2019. As vendas líquidas cresceram 34% no período e totalizaram R$ 283,3 milhões.

O time da Levante elogiou os números da empresa, tanto pelo volume de lançamentos quanto pela qualidade dos empreendimentos. “Acreditamos que esta prévia consolida e tira boa parte da dúvida do mercado em relação à capacidade de entrega da companhia e deve destravar algum valor das ações daqui em diante”, afirma.

JHSF

A JHSF, empresa de empreendimentos de alto padrão, apresentou um crescimento de 192,9% nas vendas contratadas de incorporação no quarto trimestre de 2020 na comparação anual.

Nesta semana, a equipe do Santander iniciou cobertura dos papéis recomendando “compra”, estimando um preço-alvo de R$ 9,60.

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