As bolsas da Ásia encerraram o pregão desta quinta-feira (14) sem direção única. A possibilidade do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciar mais estímulos à economia americana ainda hoje, e a surpresa positiva com a balança comercial chinesa ofereceram espaço para apetite por risco. As praças da China continental, porém, tiveram mais um pregão de realização de lucros recentes, também com o salto de casos da covid-19 no país no radar.
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Segundo informou a CNN no início da madrugada, Biden pode detalhar sua proposta de pacote fiscal para os EUA, na ordem de US$ 2 trilhões, nesta quinta-feira. A notícia animou os mercados asiáticos, apostando em novos estímulos como a chave para a recuperação da economia americana e, consequentemente, mundial.
A seara macroeconômica também foi motivo de otimismo entre investidores. A China teve superávit comercial de US$ 78,17 bilhões em dezembro e encerrou 2020 com saldo positivo de US$ 535,03 bilhões. O resultado do último mês do ano passado ficou acima do observado em novembro, de US$ 75,42 bilhões, e da mediana das estimativas de economistas consultados pelo Wall Street Journal, de US$ 72,0 bilhões.
O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, encerrou o dia em alta de 0,85%, com destaque para o setor financeiro, comumente embalado por notícias de estímulos. O Japan Post Bank se fortaleceu em 2,1% nesta sessão. Outros índices da região acompanharam a capital japonesa, como o Hang Seng, de Hong Kong (+0,82%, a 28.465,75 pontos) e o Kospi, de Seul (+0,05%, a 3.149,93 pontos).
Contrariam a tendência compradora, porém, os índices da China continental, que aproveitaram o salto de casos da covid-19 no país para continuar realizando lucros, como explicam analistas. Províncias chinesas estão retomando lockdowns, um empecilho para a atividade econômica, visando conter a doença. Assim, o índice de Xangai terminou o dia em baixa de 0,91%, a 3.565,90 pontos, enquanto o índice de Shenzhen caiu 1,39%, a 2.360,40 pontos.
Na Oceania, o índice S&P/ASX, da Bolsa de Sidney, fechou em alta de 0,43%, a 6.715,30 pontos.
Por Eduardo Gayer
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