A equipe da plataforma de investimentos online Órama admite como cenário mais provável para 2021 uma vacinação em massa até o fim do primeiro trimestre, com forte recuperação do PIB global em um ambiente mais favorável para emergentes pós-vitória de Biden, o que levaria o Ibovespa rumo aos 120 mil e 125 mil pontos.
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Para o time da Órama, uma retomada em “V” do crescimento global (entre 5% e 5,5%), com continuidade da entrada de investimentos estrangeiros no Brasil, poderia abrir espaço para uma retomada da agenda reformista, respeitando o teto de gastos e colocando reformas e privatizações na pauta.
O progresso no ajuste fiscal beneficiaria os ativos brasileiros, com o câmbio caminhando para fechar o ano que vem entre R$ 5 e R$ 5,30, a taxa Selic em 3% ao ano e o PIB se expandindo entre 3% e 3,5%.
“A questão fiscal é o calcanhar de aquiles do Brasil e, hoje, é sobre esse frágil equilíbrio que as expectativas dos agentes estão ancoradas”, diz e-book da Órama assinado pela estrategista-chefe Sandra Blanco, pela cientista politica Lorena Laudares e pelo economista-chefe Alexandre Espirito Santo.
Cenário alternativo
Se o cenário referência apresentado conta com 80% de possibilidade, segundo a Órama, há o cenário alternativo que envolve a hipótese de uma extensão da pandemia por grande parte de 2021 – com 20% de chance.
A premissa deste cenário é a falta de um programa de vacinação eficaz e abrangente, o que abalaria a recuperação mundial, exigindo novas rodadas de estímulos fiscais e monetários.
“Internamente, num quadro internacional mais adverso, as tentações para tomada de medidas populistas podem se tornar reais, o que nos conduzirá para um quadro fiscal de endividamento insustentável, com impactos deletérios sobre nossos ativos.”
Neste cenário alternativo, a Órama projeta o Ibovespa entre 80 mil e 85 mil pontos em 2021, dólar entre R$ 6 e R$ 6,50, taxa Selic entre 3% e 4% e alta do PIB entre 1,5% e 2%.
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