Após o presidente da República, Jair Bolsonaro, dizer que “nenhum rato” privatizaria a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que é “direito dele” dizer que não há privatização agora. “Quem tem voto é ele. Eu tenho outras coisas para privatizar, também”, afirmou em coletiva de balanço de fim de ano.
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Na última terça-feira, 15, Bolsonaro visitou o Ceagesp para inaugurar a reforma da Torre do Relógio. “Estamos desratizando o Brasil e aqui é um ninho de ratos”, afirmou o presidente. “Para quem fala em privatização, enquanto eu for o presidente da República essa é a casa de vocês. Nenhum rato vai querer privatizar isso aqui para beneficiar seus amigos”, acrescentou.
Um decreto de 2019 assinado pelo próprio presidente qualificou a Ceagesp ao Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e incluiu no Programa Nacional de Desestatização (PND).
Guedes disse nesta sexta-feira que a Ceagesp está em uma área nobre para o mercado imobiliário em São Paulo e poderia valer R$ 40 bilhões, “mais que a Eletrobras”.
Segundo ele, poderia ser feita uma operação “ganha-ganha”, com a realocação dos distribuidores de alimento que hoje estão no Ceagesp em boxes em outra área da cidade.
“O presidente disse que tem muita roubalheira na Ceagesp”, afirmou o ministro, dizendo que pessoas são “obrigadas a pagar, tirar licença para dirigir carrinho”. “O presidente fez questão de primeiro fazer intervenção saneadora”, justificou Guedes.
Por Idiana Tomazelli e Lorenna Rodrigues
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