O BTG Pactual iniciou cobertura das ações da Eletrobras, com recomendação de “compra” e atribuindo um preço-alvo em 12 meses de R$ 57 para as ordinárias (ELET3) e de R$ 63 para as preferenciais classe B (ELET6), em “uma das mais atrativas relações de risco-retorno sob nossa cobertura”.
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Na visão dos analistas João Pimentel e Filipe Andrade, o potencial de valorização seria ainda maior – de mais de 100% – em caso de uma eventual privatização da estatal elétrica. Eles veem 50% de probabilidade de isso ocorrer e, neste caso, o preço-alvo aos papéis PNB (ELET6) chegaria a R$ 75.
Em relatório sobre “a gigante em ascensão”, a equipe do BTG diz que, desde 2016, a gestão de Wilson Ferreira à frente da Eletrobras buscou arrumar a casa, com pesados cortes de custos e vendas de ativos não essenciais de geração e transmissão. Com isso, a relação dívida líquida sobre Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu de mais de 8 vezes em 2016 para menos de 3 vezes no terceiro trimestre deste ano.
Ainda resta muito a fazer agora, mas os analistas veem limites em uma estrutura estatal. “Em comparação com seus pares privados, [a Eletrobras] continua altamente ineficiente e carece de capacidade de investir tanto quanto no passado, razão pela qual o processo de capitalização tão aguardado é absolutamente vital para a continuidade do sucesso.”
Nas contas do time do BTG, o Brasil vai precisar de cerca de R$ 407 bilhões de novos investimentos em geração e transmissão de energia nos próximos 10 anos. Isso requer R$ 14 bilhões por ano da Eletrobras para se manter relevante. Atualmente, sua capacidade de investimento é de menos de R$ 4 bilhões por ano.
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