A CSU Cardsystem (CARD3) vive um bom momento operacional e está em conversas neste momento para possíveis aquisições, segundo o diretor de relações com investidores, fusões e aquisições, José Leoni. A empresa de serviços de tecnologia, que fornece infraestrutura de meios de pagamento, planeja aliar uma estratégia de M&A (sigla em inglês para fusões e aquisições) junto à expansão das operações orgânicas.
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Em entrevista ao Mercado News, Leoni também contou que a CSU está em fase de desenvolvimento de um projeto de banking-as-a-service (modalidade voltada para intermediar serviços financeiros entre cliente e empresa), incluindo soluções de conta de pagamento e PIX, e prevê lançar isso no ano que vem, em meio à transformação digital do mercado.
No terceiro trimestre, a CSU lucrou R$ 12,2 milhões, o que representa um crescimento de 52% na comparação com o mesmo período em 2019. “Com a entrada de novos clientes, a perspectiva da companhia é expandir o crescimento e a rentabilidade”, afirma o diretor da empresa.
A seguir, leia a entrevista com José Leoni:
Quais foram os destaques dos resultados do terceiro trimestre e quais as perspectivas da empresa para os próximos trimestres?
A CSU teve uma evolução expressiva dos principais indicadores com destaque para a receita líquida de R$ 113,6 milhões, lucro bruto de R$ 35 milhões, Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorde de R$ 33,9 milhões com margem Ebitda de 30% e lucro líquido de R$ 12,2 milhões. Tais resultados são devido à digitalização e produtos mais rentáveis, foco em lucratividade que é o que a companhia vem perseguindo.
Com a entrada de novos clientes, a perspectiva da companhia é expandir o crescimento e a rentabilidade, movimento iniciado no primeiro trimestre de 2019.
A CSU está buscando ser reavaliada pelo mercado como uma empresa de tecnologia? Como está esse processo?
A CSU é a maior processadora independente de transações eletrônicas de pagamentos da América Latina, focada em tecnologia desde seu início em 1992, e passou a desenvolver soluções tecnológicas voltadas para a transformação e digitalização como cartões virtuais, wearables e wallets de pagamento. Constantemente, temos investido em soluções inteligentes, processos de digitalização com automação e robotização de soluções e serviços – ações essenciais para se manter no mercado competitivo.
A redução de gastos com mão de obra e ganho de velocidade nos processos com a inserção tecnologia na jornada do cliente já é uma realidade.
Como tem sido a captura de novos clientes neste momento de maior apelo das plataformas digitais?
Hoje, mais do que nunca, temos respondido às mudanças do mercado quando falamos de transformação digital, que tem mudado as relações de trabalho e, consequentemente, o atendimento ao cliente e a experiência do consumidor.
Para adquirir novos contratos, temos priorizado a jornada do cliente, conciliamos o trabalho humano com o tecnológico para gerar a otimização das tarefas – um diferencial competitivo que possibilita fazer mais em menos tempo sem perder o foco das ações estratégicas.
Com essa atuação harmônica entre pessoas e máquinas, em que ressaltamos o papel dos humanos, sobretudo, no aprimoramento das tecnologias e na criação de um atendimento mais pessoal, criamos elos entre marcas e consumidores e conseguimos gerar satisfação para aqueles clientes que já estão conosco, além de atrair novos contratos.
Qual é o diferencial da CSU frente às forças competitivas?
A CSU mantém a adoção de tecnologias emergentes, acreditando na maneira como as atividades humanas são aprimoradas por elas, gerando progresso resultante da melhor união entre pessoas e máquinas.
Isso permeia todas as ações e projetos desenvolvidos pela companhia, possibilitando o acompanhamento da evolução constante do mercado e a oferta das melhores e mais completas soluções aos nossos clientes. Mesmo com os desafios impostos pela pandemia, temos nos preparado e acompanhado as oportunidades para atender aos novos players em cada segmento que atuamos – nosso maior diferencial.
Qual é a principal avenida de crescimento da empresa? A CSU estuda realizar aquisições?
Sim. A companhia possui um pipeline de aquisições com diversos nomes e algumas negociações em andamento. Essa nova avenida via M&A, combinada à expansão das operações orgânicas em pagamentos e relacionamento, deve impulsionar o crescimento futuro da CSU. Ou seja, vislumbramos aquisições nos próximos anos para trazer produtos, tecnologia, clientes e lucratividade.
Como a CSU está posicionada neste ambiente de competição entre bancos e fintechs?
Como uma empresa de tecnologia, a CSU consegue atender a diferentes modelos de negócios, unindo a experiência de uma empresa sólida no mercado de meios de pagamento, que oferece, também, a agilidade e inovação que o segmento necessita, tanto para novos entrantes como àqueles já bastante consolidados. E assim, seguimos firmando contratos.
Com a divisão CardSystem, conquistamos recentemente um novo cliente na plataforma de adquirência. Na plataforma de emissão de cartões, firmamos contrato que agregará cartões pré-pago à recém lançada carteira digital de pagamentos. A CSU também tem buscado ampliar sua posição estratégica para, em breve, atuar como BIN Sponsor, permitindo que nossos clientes possam lançar cartões pré-pago de maneira simples e ágil.
Além disso, em linha com a Agenda BC# proposta pelo Banco Central, que promove a democratização financeira por meio de 4 pilares – inclusão, competitividade, transparência e educação –, a CSU está em fase de desenvolvimento da oferta de Banking-as-a-Service mais completa do mercado, incluindo conta de pagamento e PIX, com lançamento previsto para 2021.
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