O ministro da Economia, Paulo Guedes, negou nesta quinta-feira, 3, qualquer frustração com o crescimento aquém das expectativas do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre.
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“O sinal mais importante é de que a economia está voltando. Não há frustração. A informação objetiva que sai disso dai é que Brasil está crescendo forte”, afirmou o ministro durante participação em encontro promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Durante a sua fala, Guedes disse que a recuperação da economia está sendo generalizada, destacando o desempenho da indústria e dos investimentos no terceiro trimestre.
Segundo Guedes, a revisão para cima do resultados dos trimestres anteriores levou a uma base maior, que explica o resultado abaixo do esperado no período de julho a setembro. O ministro também citou as revisões do PIB ao dizer que ficou comprovado que a economia cresceu mais no primeiro ano do governo Jair Bolsonaro do que nos dois anos anteriores, no governo de Michel Temer.
“No primeiro ano, a economia cresceu mais do que em cada um dos últimos dois anos do governo anterior”, defendeu Guedes, lembrando que o começo do mandato também foi afetado pelos impactos na economia decorrentes da tragédia de Brumadinho e da crise da Argentina.
Negacionistas
Guedes disse que apenas os “negacionistas” ignoram a retomada rápida, na forma gráfica de “V”, da economia brasileira após o choque da pandemia da covid-19.
“Temos bons sinais de volta em ‘V’. Só os negacionistas refutam a evidência empírica de que a economia voltou em ‘V’. Quem tem familiaridade com números e dados entende que voltou em ‘V'”, assinalou o ministro.
Guedes disse que o Produto Interno Bruto (PIB) caminha para fechar o ano com queda de 4,5%. Ele sustentou que o País vive uma recuperação “cíclica”, que deve levar o Brasil a crescer entre 3,5% a 4% em 2021.
O ministro salientou que a recuperação cíclica deve gradualmente dar lugar a uma retomada sustentável, à base de investimentos, na sequência das atualizações que estão sendo feitas em marcos regulatórios em setores como saneamento e gás.
“Vamos transformar o empurrão em consumo numa retomada de crescimento à base de investimentos”, salientou Guedes.
Por Eduardo Laguna e Eduardo Rodrigues
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