O investidor privado que arrematar a concessão de florestas no Estado do Amazonas poderá extrair das áreas um número previamente estipulado de árvores para a comercialização da madeira, com a obrigação de fazer o replantio do que for extraído. O contrato deve ter duração de 40 anos. Além disso, o empresário ainda irá somar esforços junto ao governo para coibir atividades ilegais nessas regiões, como incêndio e grilagem. A explicação é da secretária do Programa de Parcerias de Investimento (PPI), Martha Seillier.
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Hoje, o órgão qualificou em sua carteira três projetos de concessão de áreas da Floresta Nacional de Balata-Tufari, da Floresta Nacional de Jatuarana e da Floresta Nacional de Pau Rosa, todas unidades de conservação federal geridas pelo ICMBio, no Amazonas.
De acordo com o PPI, a expectativa é de que sejam investidos R$ 387 milhões nos projetos, com a concessão de 1,2 milhão de hectares no total que poderão ser destinados ao manejo empresarial. “Sabemos das atividades ilegais que infelizmente acontecem na região, o que tem levado também a situações de redução da preservação desse ambiente tão importante”, disse Seillier, após a reunião do conselho do PPI.
Segundo ela, nessas concessões, o investidor terá de mapear toda a riqueza existente nas áreas e apresentar um plano de manejo, que esteja de acordo com o aprovado pelo Serviço Florestal Brasileiro. “Nesse sentido, a gente permite a extração de algumas madeiras previamente estipuladas, e de algumas riquezas da floresta, com a garantia de que elas serão replantadas”, afirmou a secretária.
A título de exemplo, Seillier explicou que a cada área dentro da floresta, equivalente a um campo de futebol, o investidor tem o direito de extrair uma única árvore, e assim sucessivamente. “Todas essas árvores são mapeadas, legalizadas, controladas, então essa madeira é legal quando estiver sendo comercializada, e ao final de 40 anos quando ele volta para o ‘primeiro campo de futebol’, a floresta está perfeita e recomposta”, disse.
Por Amanda Pupo e Anne Warth
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