Privatizada em julho do ano passado, a BR Distribuidora, antigo braço de distribuição de combustíveis da Petrobras, fez ontem sua primeira aquisição como empresa privada, marcando a entrada da companhia no mercado de comercialização de energia elétrica. Ela estreia em um setor onde já estão suas principais concorrentes, como a Raízen.
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Por R$ 62,1 milhões, a BR comprou a comercializadora Targus, consolidando a ideia de se tornar uma empresa que vende energia, “seja ela qual for”, nas palavras do presidente da BR, Rafa Grisolia. “Depois da privatização, a gente começou a solidificar melhor a visão da BR, que é entender que tudo o que a gente faz é entregar energia para a sociedade”, disse Grisolia ao Broadcast/Estadão, acrescentando que também pretende entrar na comercialização de gás natural e etanol.
Apesar de estimar que o uso de combustíveis fósseis no Brasil ainda vai durar por décadas, Grisolia disse querer estar preparado para as mudanças futuras na área de energia, como a chegada dos carros elétricos e o crescimento do mercado de gás natural no País.
“A sociedade vai se transformando e, se amanhã você for comprar um carro elétrico, eu não quero perder você como cliente; se uma indústria passar a usar gás, quero poder atender na figura do comercializador de gás que deve surgir com as novas regras”, explicou. Uma parceria com a Golar Power, empresa especializada em gás, já está engatilhada.
As parcerias são, inclusive, o caminho encontrado pela BR para se diversificar no mercado, agora que não tem mais as amarras de um agente público. “A gente estuda parcerias com a Golar, com as Lojas Americanas, na área de conveniência”, enumerou ele.
Com a entrada da BR, a Targus ganha 14 mil clientes em potencial, que hoje fazem parte dos negócios da BR, além dos mais de 7.700 postos de abastecimento espalhados pelo País. Pequenas e médias indústrias, empresas de ônibus, transportadoras, produtores agrícolas, entre outros, poderão a partir de agora também se tornar clientes da comercializadora.
Para um dos sócios da Targus, Heloy Rudge, a empresa deverá crescer em até quatro vezes de tamanho com a chegada da BR, e ficará mais fácil também atingir a meta inicial da empresa criada em 2017, de ser a maior comercializadora de energia do País.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Denise Luna
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