O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a afirmar nesta quarta-feira, 25, que os elementos altistas de curto prazo para a inflação tendem a se esvaziar. Em evento virtual, ele citou três fatores principais para a alta da inflação no curto prazo: o câmbio, a alimentação dos brasileiros em casa e o pagamento de auxílio emergencial pelo governo.
Tudo que você precisa saber sobre o mercado, todos os dias, em seu e-mail
“Tivemos surpresas e a inflação curta subiu”, afirmou Campos Neto. Ao analisar os fatores, o presidente do BC lembrou que o câmbio trouxe impactos ligados ao setor de commodities, o que elevou a inflação nos últimos meses. “Milho e soja já estão caindo bastante”, disse.
Campos Neto disse ainda que, apesar dos movimentos de curto prazo, a parte longa da inflação implícita “mexeu pouco”. Segundo ele, isso indica que “o mercado entende que há uma parte longa da inflação que está estável”.
Ao tratar da Selic – a taxa básica de juros, hoje em 2,00% ao ano – Campos Neto lembrou que essa ferramenta para controle da inflação “não tem efeito imediato”. “Tem defasagem até ter efeito. Não podemos olhar inflação de curto prazo”, afirmou.
O presidente do BC afirmou que, no próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), marcado para 8 e 9 de dezembro, o colegiado discutirá os elementos que estão colocados. “A eficiência do BC é um processo mais de longo prazo”, ressaltou.
Campos Neto participa hoje do evento virtual “IV Painel Cooperativismo Financeiro”, organizado pela cooperativa Sicoob Engecred.
Por Fabrício de Castro e Idiana Tomazelli
Siga o Mercado News no Twitter e no Facebook e assine nossa newsletter para receber notícias diariamente clicando aqui.
Be First to Comment