A inflação no Brasil continua abaixo da meta e deve permitir conforto de curto e médio prazo ao Banco Central, apesar das recentes pressões nos preços de alimentos e da indústria, avalia o Goldman Sachs.
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“Mas a recente dinâmica de inflação requer monitoramento de sinais de efeitos de segunda ordem e de generalização de pressões inflacionárias”, ressalva o diretor de pesquisa econômica para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, em relatório.
Na visão do economista, o grande hiato do produto – diferença entre a atividade atual da economia e seu potencial -, o nível elevado de ociosidade no mercado de trabalho e as expectativas de inflação abaixo da meta para 2020 e 2021 devem manter a inflação ancorada “apesar do aumento nos preços dos alimentos”.
Por ora, o principal risco para uma inflação mais alta, segundo Ramos, tem a ver com preocupações sobre a trajetória fiscal. Uma fuga de dólares pela aversão ao risco poderia afetar o câmbio, prejudicar as expectativas para os preços e piorar “o que até agora tem sido um cenário benigno para a inflação”.
Prévia da inflação
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,81% em novembro, o maior resultado do indicador para o mês desde 2015, quando subiu 0,85%.
Como consequência, a taxa acumulada em 12 meses passou de 3,52% em outubro para 4,22% em novembro, o resultado mais elevado desde janeiro, quando a taxa foi de 4,34%.
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