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Ânimo externo com vacina permite novo ganho da Bolsa

(Foto: Espaço B3/Divulgação)

O Ibovespa sustenta o sexto pregão seguido de valorização, seguindo o desempenho positivo quase geral no exterior, que ainda é amparado pelo sucesso do estudo sobre uma vacina desenvolvida pela Pfizer e BioNTech contra a covid-19. No entanto, a margem para novos ganhos – e ainda mais robusto como o da véspera (2,57%, aos 103.515,16 pontos) – é menor. Além da persistência de Donald Trump em contestar o resultado da eleição nos EUA, onde o democrata Joe Biden venceu, alegando fraude, o quadro fiscal brasileiro também não anima. Na segunda-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chamou a atenção do governo para avançar nas reformas se não o Brasil “vai explodir”.

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As bolsas europeias e os índices futuros em Nova York têm sinais mistos depois da alta na segunda-feira, enquanto o petróleo mantém-se no campo positivo, ajudando na valorização em torno de 1% das ações da Petrobras, enquanto Vale subia apenas 0,19%. Já o Ibovespa chegou a alcançar a máxima aos 104.277,71 pontos, logo depois das palavras do ministro da Economia, Paulo Guedes, esta manhã.

Depois do aleta do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) sobre a demora avançar na agenda de reformas, foi a vez de Guedes demonstrar preocupação com o atraso dessa agenda. Ele disse estar bastante frustrado com o fato de “estarmos aqui há dois anos e não conseguirmos vender nenhuma estatal”. Em sua visão, o Brasil carrega estatais e imóveis ineficientes enquanto tem uma dívida em bola de neve. O ministro afirmou que o Brasil precisa recompor o eixo político para fazer as privatizações prometidas na campanha.

Se o otimismo prevalecer, o Ibovespa pode mirar de novo os 105 mil pontos, indo buscar até mesmo os 106 mil pontos, estima o economista-chefe do ModalMais, Álvaro Bandeira.

Depois de informar seu balanço na segunda-feira após o fechamento do mercado, as ações de Magazine Luiza On subiam 0,19%, perto de 11 horas. A empresa teve lucro de R$ 206 milhões no terceiro trimestre, queda de 12,4% ante o mesmo período de 2019, mas acima do esperado pelo mercado. Já os papéis da Embraer ON cediam 3,24%. A fabricante brasileira de aviões registrou um prejuízo líquido atribuído ao acionista controlador de R$ 649 milhões (R$ 0,88 por ação) no terceiro trimestre, o que representa expansão das perdas se comparado ao resultado também negativo em R$ 314,4 milhões vistos em igual período de 2019.

No radar ainda do investidor esta a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária de interromper o estudo clínico da vacina CoronaVac, após um “evento adverso grave”, ocorrido no último dia 29, pode incomodar, mas longe de gerar grandes perdas. “Deve incomodar. Estão politizando um assunto que não deveria ser levado para esse lado, ainda mais nesse momento ruim crise”, afirma o economista-chefe da Necton, André Perfeito.

Mesmo com alguns fatores de instabilidade, “ainda assim, o investidor estrangeiro está aparecendo na Bolsa, mas é por causa de oportunidades, e não porque a situação do Brasil é favorável, pelo contrário”, diz um operador. No dia 5, a B3 recebeu R$ 1,112 bilhão. Em novembro, ingressaram R$ 2,836 bilhões desses recursos na Bolsa brasileira. No ano, contudo, os investidores estrangeiros retiram R$ 82,050 bilhões.

Por Maria Regina Silva

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