O JPMorgan melhorou a projeção de desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil este ano, de contração de 4,9% para queda de 4,7%. A estimativa de 2021 foi mantida em crescimento de 2,5%, de acordo com relatório neste sábado.
O banco americano revisou ainda a estimativa para a inflação no Brasil este ano e espera que o IPCA fique em 3,4%, por conta da expectativa de que a pressão nos preços do atacado prossiga por mais um tempo. Na projeção anterior, o índice oficial de inflação ficaria em 3% em 2020.
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A estimativa do IPCA de 2021 foi mantida em 3,2%, mas o JP alerta para dois possíveis riscos e a serem monitorados: o comportamento da pressão inflacionária de curto prazo e os fundamentos fiscais do Brasil. Se o aumento de gastos fiscais observado em 2020 for prorrogado para o ano que vem, a inflação pode ser significativamente mais alta, ressalta o banco americano.
Fiscal
O JPMorgan fez revisões nas projeções fiscais para o Brasil, após o Congresso aprovar uma série de projetos esta semana que aumenta algumas despesas e rearranja outras. O banco estima aumento de gastos de R$ 5,9 bilhões este ano.
Ao mesmo tempo, a rejeição da proposta
de extensão do seguro-desemprego por mais dois meses evita uma despesa de R$ 16,7 bilhões, que estava incluída nas estimativas do JP. Por isso, o banco reduziu a previsão de déficit primário para este ano de R$ 913 bilhões para R$ 903 bilhões. A previsão de déficit primário caiu de 13,1% para 12,3%. A dívida bruta em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) também teve ajuste, de 96,2% para 96%.
Por Altamiro Silva Junior
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