Após os resultados do terceiro trimestre, a equipe de análise do BB Investimentos atualizou as projeções para o Itaú Unibanco, elevando o preço-alvo estipulado para a ação preferencial (ITUB4) para R$ 34,40 ao fim de 2021, com recomendação de “compra”.
O analista Rafael Reis, do time do BB, avalia que o período mais crítico provocado pela pandemia de Covid-19 parece ter ficado no retrovisor para os principais bancos privados do Brasil. Ele destaca o crescimento de 20% na carteira de crédito do Itaú, com despesas menores de provisões.
“Apesar do momento extremamente desafiador vivido por toda a cadeia econômica por conta da pandemia, os bancos brasileiros mostraram resiliência”, diz Reis em relatório a clientes, enfatizando que o comportamento da inadimplência é uma incógnita diante do mercado de trabalho ainda bastante combalido.
Olhando à frente, o analista do BB também chama a atenção para a crescente competição com fintechs e o cenário desafiador de juros em mínimas históricas.
Neste contexto, “enxergamos o Itaú como um dos bancos mais preparados para o novo momento do setor, que já se mantém na vanguarda da transformação digital, centralidade do cliente e ganhos de eficiência, além de possuir um dos melhores conjuntos de políticas de ESG do mercado brasileiro”.
Cisão da parte XP
O preço-alvo estimado por Rafael Reis calcula a parte XP Investimentos (participação de 46% pós diluição em eventual IPO – oferta inicial de ações) em R$ 3 por ação, tendo no radar a intenção do banco de cisão da fatia na XP.
De fato, ele vê um potencial de, aproximadamente, R$ 6 por ação, mas optou por considerar 50% do valor em razão da falta de certeza da operação e da volatilidade atrelada ao ativo ao sabor da oscilação de mercado.
Ações na B3
Por volta de 16h30 na B3, a ação preferencial do Itaú subia 2,9%, cotada a R$ 25,72, em linha com valorização de 2,8% do Ibovespa, aos 100.648 pontos.
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