A pandemia mudou os planos do consultor de empresas Alexandre Schvartz, de 48 anos. De mudança de Porto Alegre (RS) para São Paulo (SP), ele pretendia abrir um escritório na capital paulista. Inicialmente, ia até os clientes para realizar o trabalho. Mas no momento em que foi decretada a pandemia e os escritórios dos clientes foram fechados, Schvartz passou a prestar consultoria da sua casa: um estúdio alugado de 33 metros quadrados.
A situação ficou impraticável, porque o espaço era pequeno demais, conta. A saída encontrada pelo consultor foi cancelar o plano de abrir um escritório em São Paulo e comprar um apartamento maior, com o dobro da metragem, no mesmo prédio onde alugava o estúdio. Ele reformou o apartamento e fez um home office para atender os clientes de casa.
“Equipei o apartamento inteiro, fiz toda a parte de marcenaria, comprei eletrodomésticos, móveis, ar-condicionado”, conta o consultor, que desembolsou cerca de R$ 120 mil – a previsão inicial era gastar R$ 70 mil. Uma parte do estouro no orçamento ocorreu por causa do aumento de preços dos produtos. A outra parte foi porque o consultor decidiu renovar a mobília trazida do Sul.
Antes de ir às compras, ele acompanhou de perto a evolução dos preços dos móveis e eletrodomésticos em sites de buscas. “Percebi de março para cá uma curva ascendente abissal muito forte nos preços.” Além dos aumentos, ele reclama da disponibilidade de produtos. O sofá, por exemplo, Schvartz está esperando para ser entregue faz quatro meses e o prazo inicial era de 45 dias.
“A demanda por móveis está tão grande que, em muitos casos, não consigo que o produto seja entregue este ano”, conta a design de interiores Fernanda Moreira, responsável pela reforma. Segundo ela, nos últimos meses, aumentou muito a procura por projetos de home office. “Em quatro meses comprei mais móveis prontos para meus clientes do que no ano passado inteiro.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Marcia de Chiara
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