A Vale desembolsou no terceiro trimestre deste ano US$ 332 milhões relativos ao acidente em Brumadinho. O valor inclui o programa de descaracterização (US$ 83 milhões), acordos e doações (US$ 135 milhões) e despesas incorridas (US$ 114 milhões). O valor total das provisões encerrou o terceiro trimestre de 2020 totalizando US$ 3,1 bilhões, principalmente devido aos desembolsos feitos durante o ano no valor de US$ 863 milhões e ao impacto da desvalorização do Real.
No relatório que acompanha os resultados, a Vale diz que a reparação de Brumadinho é uma prioridade. Como já havia informado anteriormente, a companhia diz que em agosto os esforços de buscas e resgate foram retomados após 5 meses de suspensão impostos pela pandemia de covid-19, e que continua apoiando o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais na busca pelas 11 vítimas desaparecidas.
“O processo de indenização continua, através do uso de videoconferências durante a pandemia. Esses acordos de indenizações firmados pela Vale referem-se a mais de 8.200 pessoas, um aumento de aproximadamente 600 pessoas desde a divulgação do Relatório de Desempenho do segundo trimestre deste ano”, diz a empresa.
As iniciativas de abastecimento de água, relevantes para os esforços de reparação, também progrediram, de acordo com a Vale. Esse ano, a companhia concluiu as estruturas de contenção de rejeitos no Rio Paraopeba, retirando mais de 68.500 m? de sedimentos, cerca de 30% do total, através do sistema de dragagem instalado.
Também completou a interligação dos sistemas de abastecimento do Rio Paraopeba e Rio das Velhas para garantir o abastecimento de água do município de Pará de Minas, com cerca de 100.000 habitantes. O novo sistema de captação no Rio Paraopeba está 50% concluído e será entregue em março de 2021, devido aos impactos da covid-19 nas suas obras, diz a empresa.
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Por Wagner Gomes e Mariana Durão
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