O presidente da Toyota no Brasil, Rafael Chang, traçou nesta segunda-feira, 26, um cenário de crescimento de dois dígitos do mercado de veículos novos no ano que vem, mas disse que a montadora se prepara com planos “A, B e até X” para dar respostas rápidas caso as previsões otimistas não sejam confirmadas. “Temos plano A, B, C e até X a depender das variáveis econômicas e de como a covid vai evoluir nos próximos meses”, comentou o executivo ao participar de congresso virtual promovido pela Autodata.
A Toyota trabalha com previsão de vendas da indústria, incluindo as demais montadoras, da ordem de 2,5 milhões de veículos em 2021, 25% a mais do que o mercado previsto para este ano, de aproximadamente 2 milhões de unidades. A projeção tem como base o ritmo atual de vendas.
Num momento em que a indústria automotiva aponta reajustes pesados de insumos como o aço, que não teriam sido completamente repassados ao preço final dos automóveis, Chang afirmou que sua montadora vai buscar no ano que vem maior equilíbrio entre volume e rentabilidade.
Segundo ele, o pior momento de fluxo de caixa na indústria de autopeças, sobretudo da base da cadeia de suprimentos, já passou, e a Toyota não vem passando pelo problema de falta de insumos apontado por diversas indústrias, inclusive no segmento de veículos comerciais do setor automotivo. “Temos reunião com fornecedores toda semana e estamos caminhando com nosso plano”, afirmou Chang.
O câmbio alto, por outro lado, segue sendo um grande desafio, sendo que a forma pela qual a montadora japonesa tem lidado com a situação tem sido elevar o porcentual de componentes nacionais dos carros produzidos no Brasil, ao mesmo tempo em que trabalha para aumentar as exportações. “É a única receita para administrar o impacto cambial na nossa operação”, comentou o presidente da Toyota.
Por Eduardo Laguna
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