O senador Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado escondendo mais de R$ 30 mil na cueca, pediu licença de 90 dias na manhã desta terça-feira, 20. A decisão foi comunicada ao Senado. Com a medida, a expectativa no Senado é de que o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) não julgue a decisão individual do ministro Luís Roberto Barroso, que determinou afastamento de Rodrigues por 90 dias. O julgamento está previsto para esta quarta-feira, 21.
Como mostrou o Estadão, a tendência era que o Plenário do STF confirmasse o afastamento do senador decidido pelo ministro Luís Roberto Barroso, um dia depois de Rodrigues ter sido flagrado pela Polícia Federal com R$ 33.150 na cueca – além de R$ 10 mil e US$ 6 mil guardados em um cofre.
O senador é suspeito de participar de um esquema de desvio de recursos destinados ao combate à covid-19. Desde que o escândalo veio à tona, após a operação da PF e da Controladoria-Geral da União identificar irregularidades na aplicação de emendas parlamentares, o presidente Jair Bolsonaro procura se desvencilhar do antigo aliado, que era vice-líder do governo no Senado e perdeu o posto.
Pelo regimento do Senado, a substituição de Chico Rodrigues pelo primeiro suplente, que é seu filho, Pedro Rodrigues (DEM-RR), só ocorreria se a licença fosse superior a 120 dias.
Nesta segunda-feira, 19, em nota, os advogados de Rodrigues afirmaram que os R$ 33 mil encontrados pela Polícia Federal nas vestes íntimas do senador se destinavam ao pagamento dos funcionários de uma empresa da família. Além disso, a defesa alegou que Rodrigues “está sendo linchado por ter guardado seu próprio dinheiro”.
Por Breno Pires
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