Tantos os empresários quanto os consumidores tiveram piora na confiança em outubro, segundo a divulgação extraordinária de uma prévia das sondagens de confiança apuradas pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Em relação ao número final de setembro, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 1,1 ponto, para 96,4 pontos. Já o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 3,9 pontos, para 79,5 pontos. Os resultados têm como base dados coletados até o dia 14 de outubro.
“Os resultados prévios das sondagens de outubro sugerem uma interrupção na tendência de recuperação da confiança empresarial, com piora das expectativas em todos os setores, exceto na indústria, que continua com perspectivas bastante otimistas para os próximos meses. Já o nível muito baixo da confiança dos consumidores decorre em grande medida da preocupação com o mercado de trabalho, a aceleração recente dos preços de alimentos e da incerteza com a pandemia e com o fim do período de benefícios emergenciais. O descolamento entre a confiança de empresários e consumidores é a maior desde 2010”, ressaltou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Entre os consumidores, o Índice de Situação Atual (ISA-C) recuou 1,9 ponto, para 70,7 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-C) encolheu 5 pontos para, 86,5 pontos.
No Índice de Confiança Empresarial (ICE) – que consolida os indicadores de confiança da Indústria, Serviços, Comércio e Construção -, o Índice de Situação Atual dos Empresários (ISA-E) subiu 2,9 pontos, para 95,9 pontos, enquanto o Índice de Expectativas Empresarial (IE-E) caiu 3,8 pontos, para 97,2 pontos.
Na prévia de outubro, a confiança da Indústria subiu 5,4 pontos, para 112,1 pontos, o maior valor desde março de 2011. A confiança do setor de Serviços encolheu 1,4 ponto, para 86,5 pontos, enquanto o Comércio caiu 5,1 pontos, para 94,5 pontos. A Construção teve ligeira alta de 0,1 ponto, para 91,6 pontos.
As prévias das sondagens da FGV coletaram informações de 2.676 empresas e de 929 consumidores entre os dias 1º e 14 de outubro.
Por Daniela Amorim
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