Iniciado em Helsinque, na Finlândia, o programa de cães farejadores de covid-19 em aeroportos começa a ser desenvolvido também no Reino Unido. Seis animais especializados em biodetecção estão sendo treinados em Milton Keynes, cidade da Inglaterra a 70 quilômetros a Noroeste de Londres. Para aprenderem a diferenciar os aromas, eles usam amostras de meias e camisetas de voluntários que tiveram teste positivo ou negativo para o vírus. Entre os voluntários estão 3,5 mil funcionários do Sistema Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) de todo o país.
Outro trabalho também está sendo desenvolvido pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres (LSHTM, na sigla em inglês), juntamente com a Durham University e a instituição de caridade Medical Detection Dogs. Desde quarta-feira, 23, 16 cães trocam de turnos no Aeroporto de Helsinque no esquema para tentar uma nova forma de detectar o novo coronavírus em passageiros que chegam à Finlândia.
De acordo com uma pesquisa da faculdade de veterinária da Universidade de Helsinque, cães podem detectar covid-19 com quase 100% de eficácia. “Estamos entre os pioneiros. Até onde sabemos, nenhum outro aeroporto tentou usar a detecção de odor canino em uma escala tão grande contra a covid-19”, disse a operadora aeroportuária finlandesa Finavia. “Este pode ser um passo a mais no caminho para vencer a covid-19”, acrescentou.
Neste período ainda experimental, não há contato direto entre cães e passageiros. O teste funciona com os viajantes tendo de esfregar um pano em sua pele que será verificado por um cão, separado em uma cabine. A intenção é manter o anonimato dos possíveis doentes e preservar os animais. Os passageiros que os cachorros apontarem como positivo – o que leva no máximo sete minutos – são encaminhados para fazerem uma verificação convencional adicional.
Por Célia Froufe
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