As bolsas na Europa fecharam em queda nesta quinta-feira, 24, com investidores na defensiva com o avanço do novo coronavírus no continente e vendendo, principalmente, ações de empresas do setor de viagens. Além disso, há pouca expectativa de que o Congresso dos EUA aprove um novo pacote de estímulo fiscais. O índice pan-europeu Stoxx 600 Index fechou em baixa de 1,02%, aos 355,85 pontos.
Londres teve a maior queda entre as principais bolsas, com o índice FTSE 100 registrando queda de 1,30%, a 5.822,78 pontos. O Swissquote avaliou que o pessimismo no país está relacionado às novas medidas de restrições introduzidas pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e às perspectivas pós-Brexit, com o Reino Unido com “pouca probabilidade de chegar a um consenso sobre um acordo de comércio com a União Europeia”. No setor aéreo, a Rolls Royce caiu 7,57% e a Airbus fechou em baixa de 3,46%.
Além do Reino Unido, um dos países mais afetados pela nova onda de coronavírus é a França. O índice CAC 40, em Paris, registrou baixa de 0,83%, fechando a 4,762,62 pontos. As ações da Aéroports de Paris caíram 3,21%, acompanhadas por queda de 5,33% da IAG, controladora da British Airways e Iberia.
O Goldman Sachs não acha provável uma nova rodada de auxílios pelo Legislativo dos EUA em um futuro próximo, sentimento compartilhado por outros analistas, o que também pesou no humor. “Achamos que agora está claro que o Congresso não anexará estímulos fiscais adicionais (…) e que qualquer apoio fiscal adicional provavelmente terá de esperar até 2021”, traz um relatório da instituição.
Em Frankfurt, o DAX teve baixa de 0,29%, fechando em 12.606,57 pontos. Só a Lufthansa caiu 3,65%.
A Espanha também é um dos destaques pela nova onda de casos da doença, e o dia positivo para o bancos não impediu que Madrid tivesse o IBEX 35 registrando baixa de 0,16%, a 6.643,40 pontos. O Caixabank teve alta de 1,61%, e o BBVA registrou aumento de 5,30% nas ações.
Em Lisboa, o PSI20 teve sua sexta queda seguida, de 0,93%, chegando aos 4.049,52 pontos. No FTSE MIB, em Milão, a baixa foi menor, em 0,12%, alcançando os 18.906,83.
Por Matheus Andrade
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