O presidente do Peru, Martín Vizcarra, sobreviveu a um processo de impeachment deflagrado pelo Parlamento ontem à noite, em meio à crise política que se instalou no país. Por 78 votos contra, 32 a favor e 15 abstenções, Vizcarra seguirá à frente do governo até 28 de julho de 2021, quando entregará o comando ao sucessor, que será eleito em abril. A oposição precisava de 87 votos para forçá-lo a deixar o cargo.
Vizcarra esteve no Congresso ontem pela manhã e pediu desculpas pela crise desencadeada por áudios gravados por um assistente, mas disse que não cometeu nenhum crime que justifique sua destituição. Nas gravações, o presidente coordena uma estratégia de defesa para esclarecer quantas vezes um amigo dele, o músico Richard Cisneros, o visitou. Cisneros está sendo investigado por receber quase US$ 50 mil dólares em contratos questionáveis com o Ministério da Cultura para várias atividades, incluindo palestras motivacionais.
“A única coisa ilegal que foi comprovada até agora é a gravação clandestina”, disse Vizcarra aos legisladores. “A gestão da pandemia e da reativação econômica não pode ser suspensa.”
Por Associated Press
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