Os economistas consultados mensalmente pelo Ministério da Economia pioraram a projeção para o tamanho do rombo nas contas públicas em 2020. De acordo com o Prisma Fiscal divulgado nesta quinta-feira, 17, pela Secretaria de Política Econômica (SPE) da pasta, a estimativa para o déficit primário do Governo Central neste ano passou de R$ 822,605 bilhões para R$ 855,318 bilhões. No começo de setembro, a equipe econômica atualizou sua projeção de déficit em 2020 para R$ 866 bilhões, equivalente a 12,4% do Produto Interno Bruto (PIB).
Para o próximo ano, a projeção do Prisma Fiscal é de um rombo de R$ 226 bilhões nas contas do Governo Central, ante uma estimativa anterior de déficit de R$ 213,882 bilhões. No fim de agosto, o governo enviou ao Congresso Nacional a Proposta de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2021, com uma previsão de déficit primário de R$ 233,6 bilhões.
De acordo com os analistas de mercado ouvidos pela SPE, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) deve chegar a 94,55% do PIB no fim de 2020 e subir para 95,60% do PIB no fim de 2021. As projeções anteriores estavam em 94,30% e 95,00%, respectivamente.
O Prisma de setembro também trouxe revisões na estimativa para a arrecadação federal total em 2020, que passou de R$ 1,391 trilhão para R$ 1,393 trilhão, com receita líquida de R$ 1,137 trilhão. Já para 2021, a projeção para a arrecadação caiu de R$ 1,562 trilhão para R$ 1,560 trilhão, com R$ 1,300 trilhão de receita líquida.
Com a prorrogação do auxílio emergencial até o fim deste ano, a projeção para a despesa total em 2020 subiu de R$ 1,946 trilhão para R$ 1,987 trilhão. Em 2021, sem o orçamento de guerra de combate à pandemia de covid-19, a estimativa para a despesa total do Governo Central caiu de R$ 1,525 trilhão para R$ 1,521 trilhão.
No curto prazo, os economistas que participam do Prisma esperam déficits primários de R$ 83,515 bilhões em setembro, R$ 41,125 bilhões em outubro e R$ 56,769 bilhões em novembro.
Por Eduardo Rodrigues
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