O presidente Jair Bolsonaro nomeou na quarta-feira, 16, o professor Carlos André Bulhões Mendes como novo reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para os próximos quatro anos. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União, assinada por Bolsonaro e pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro. Bulhões ficou em terceiro lugar na lista tríplice para reitoria da UFRGS enviada para análise presidencial.
Desde o início do governo, 25 reitores de universidades federais já foram escolhidos por Bolsonaro. Destes, 14 foram indicados sem liderar uma lista tríplice, conforme levantamento da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). É prerrogativa do presidente da República definir os nomeados para o cargo de reitor após envio da lista por parte da instituição.
Bolsonarista, o deputado federal Bibo Nunes (PSL-RS) já tinha antecipado a nomeação de Bulhões na semana passada. “O reitor foi escolhido dentro da lei, numa lista tríplice. Quem quiser nomear o reitor que faça 58 milhões de votos”, afirmou pela manhã ao Estadão.
Em 13 de julho, a chapa liderada pelo atual reitor, Rui Oppermann, venceu a disputa interna ao computar 45 votos. A candidata Karla Müller recebeu 29 votos e Carlos Bulhões apenas três. O mandato de Oppermann termina no dia 20.
O episódio é raro na UFRGS O último reitor nomeado, sem ser o mais votado, foi Gerhard Jacob em 1988.
Com mais de 100 cursos de graduação, a UFRGS conta com mais de 32 mil alunos graduandos. No começo do mês, a instituição foi apontada como uma das melhores do Brasil pela consultoria britânica Times Higher Education (THE).
Alagoano, Carlos Bulhões é professor titular e diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Lucas Rivas, especial para o Estadão
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