No seminário Retomada Verde, promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, voltou a dizer que a questão ambiental não tem ideologia e que a meta do governo do presidente Jair Bolsonaro é reduzir o desmatamento e as queimadas no País ao mínimo histórico.
No evento, Mourão chamou de “ruídos” informações desencontradas que saem sobre a Amazônia. Segundo ele, explorar a Amazônia em parceria com os Estados Unidos – levando em conta a boa relação dos presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump – é mais uma dessas desinformações. “A soberania sobre a Amazônia é algo claro para nós”, emendou.
Ao falar desses ruídos, o vice-presidente reconheceu que o acordo UE-Mercosul tem uma série deles, incluindo as ações do governo brasileiro sobre a Amazônia.
E frisou: “Pretendemos desmistificar a europeus o que acontece no Brasil.”
Mourão disse que os focos de queimadas na Amazônia, de janeiro a agosto, diminuíram em relação ao ano passado, mas agora é que se inicia o período onde as queimadas são mais intensas. “Apesar disso, acredito que em setembro iremos reduzir para a meta histórica.”
E repetiu que o objetivo é chegar ao fim do mandato de Bolsonaro, em 2022, com a redução do desmatamento e das queimadas ao mínimo histórico.
Apesar do otimismo do vice-presidente, alertas de desmatamento do programa Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), dão conta que o mês passado foi o segundo pior agosto da série histórica de desmatamento na Amazônia deste programa, nos últimos cinco anos. Por esses dados, a Amazônia perdeu em agosto 1.045 km² de floresta.
Por Gustavo Porto e Elizabeth Lopes
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